Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

segunda-feira, 14 de julho de 2014

MEUS OLHOS


LEIA os meus olhos, não consegue?
Leia o infinito brilho que outrora se ofusca diante de raras belezas...
Não quero que leia meus lábios,              
Pois estes dizem por vezes, palavras vãs.
Leia os meus olhos,
Procure no infinito as respostas que almeja.
Leia os meus olhos,
Não quero que insista em ler minha face,
Às vezes ela mascara as tristezas em sorrisos.
Leia os meus olhos,
E diga se no fundo desse castanho quase cor de mel, existe algo intransponível...
Leia os meus olhos,
Leia neles, o que a alma implora para mostrar...
Leia meus segredos mais profundos,
Meus hieróglifos, tão guardados...
Diga-me o que vê e o que decifra,
Nesses olhos  cansados, nessas pálpebras  aflitas...
Leia os meus olhos,
Mas não leia o que pensa em conhecer.
Às vezes, somos menos parecidos com aquilo que podemos simplesmente ver.
Leia os meus olhos, mas não leia com os seus olhos...
Leia os meus olhos, feche os seus olhos e me leia com o coração.
Lendo os meus olhos assim, verás o quanto é mais profundo ler-me.
Espere alguns segundos, imagine meus olhos em sua mente... E verás uma finda lágrima...
Aquela em que quase todos os dias, temo deixá-la cair...
Aquela em que eu não consegui aprisionar com os meus sorrisos...
E são apenas olhos... Tristes talvez...
Que falam mais que mil palavras, que clamam...
São as janelas da alma, e por isso são: o meu mais perfeito diário!


                                            Por Dany Rocha

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