Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

sábado, 6 de novembro de 2021

A BUSCA


 

E se faz todos os dias... Mesmo sem querer.

A procura... Lastimável busca dos seres que se reivindicam

Apesar dos pudores, dos prazeres, das infantilidades...

Apesar da moralidade, da inconstância...

Reivindicam-se e se buscam.

E se buscam muito mais do que a própria existência.

Busca-se na alma ou a alma.

E se busca onde andamos ou onde somos,

E se busca na amizade,

E se busca onde ínfimos mortais não andam...

Busca-se em todos os lugares, se busca em redes sociais, em sites de relacionamentos.

Busca-se em um instante, em um simples flerte, em um sorriso.

E busca-se em um olhar, em indiretas não ditas ou mesmo em um sonho...

E busca-se a todo o momento, nas emoções, nos pensamentos distantes.

Busca-se dentro de si, onde está subtendida a emoção, nas palavras, na esperança, na escrita.

Busca-se a toda hora, inestimável tempo, quando não se tem mais o tempo preciso...

Busca-se no cheiro dele, confundindo-se entre outras peles, outros lábios, outras mãos...

Busca-se quando a juventude desflora e depois de certo tempo, se esvai...

Mas sempre em si, se busca. Em outras luas, em outros céus.

E se busca em uma foto antiga ou um fato real, de viver mais e mais.

Para não lembrar que nessa busca inconstante, não se encontrará nada.

Pois já o encontrou... E perde-se na busca... E fica...

Apenas um lânguido desejo pelo outro que silencia... Por alguém que se cala...

Apenas a sua própria busca do ser...

 

                  Por  Dany Rocha em. 06/11/2021