Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

terça-feira, 12 de maio de 2020

ALGUÉM IGUAL A VOCÊ





Alguém que seja divertido, amigo e sincero
Alguém que seja real, fiel e acima de tudo LEAL
Alguém abobalhado, de riso solto...
Alguém sensível que chora junto ao outro
Alguém fogoso... De pegada forte... Que ame fazer amor!
Alguém cúmplice, que divida o dia a dia
Alguém que ame vinho, papel e poesia...
Alguém que escreva por entrelinhas...
Alguém que ame animal, que ajude e nunca se sinta mal,
Alguém que ame o filho do outro, o grande ou a criança!
Alguém que ame cuscuz, calabresa ou algo assim.
Alguém que compartilhe as mesmas ideologias,
Alguém que me ame, sofra e chore por mim...
Alguém que mesmo discordando, fingindo não querer
Alguém que trema ao ver o outro... Querendo não querer.
Alguém em que o coração dispara;
Alguém que deseja o beijo;
Alguém que deseja a presença;
Alguém que adora o cheiro...
Alguém que tem o apelido de flor e o aroma do amor...
Alguém que complete: cheiro e forma...
Alguém que não deixe amar-se depois,
Alguém... EU e TU...
Alguém como nós dois.

                                                 Por Dany Rocha em: 12/05/2020

sexta-feira, 8 de maio de 2020

DÚBIA



Abro o blog e as palavras fogem de mim.
Eu olho sua imagem, guardada a sete chaves em um velho relicário.
Fito-o longamente, certa que por instinto algo irá me dizer...
Busco emoções escondidas no passado pelas lembranças vividas,
Nas entrelinhas de nossas conversas procuro um consolo qualquer...
Faz algum tempo que não o vejo.
Resolvi trancar com amarras o meu coração.
Isolei-o da tua presença, mesmo que isso me doesse às profundezas de minh’alma.
Fecho os olhos cerradamente e me reporto a mais completa escuridão.
Nesse instante, consigo ouvir a tua voz soando como melodia tênue aos meus ouvidos...
Minha percepção vai além e consigo nitidamente sentir o teu cheiro e ver o teu sorriso...
Sinto um formigamento em minhas mãos, que descem aos pés e parecem querer levitar-me.
A lembrança da tua face, dos teus olhos castanhos e do teu sorriso acalma meu cerne vazio.
Escorre- me lágrimas, como se elas acariciassem minha pele...  Acalentando-me.
A cada dia eu luto para esquecer-te.
A cada segundo me pego pensando em ti.
É uma tortura insana. Meio utópica.
Não tenho consciência se isto é dor ou ilusão.
Se é certo ou errado.
Se meu sentimento te abomina ou se tens medo...
Se confesso este amor ou se finjo não sentir...
Se fujo de ti ou o encaro.
Eu não sei o que fazer! Não compreendo a mim mesma.
Só posso escrever. Que a minha subjetividade amenize o objetivo inalcançado.
Que minhas orações sejam ouvidas,
Que meus sonhos me levem para junto de ti,
Que a felicidade finalmente nos encontre...
“Eu sei é tudo sem sentido...” Como divagou o poeta Renato Russo. 
Às vezes não faz sentido.  Às vezes, nada tem nexo ou tudo é muito obsoleto.
Talvez o amor esteja em desuso.  
“Deixa eu brincar de ser feliz’’,
Querer e não poder... Imaginar... Fingir... E ir...

                              Por Dany Rocha   em : 08/05/2020

segunda-feira, 4 de maio de 2020

FALTA



E hoje eu senti tanto a tua falta...
Senti saudades de nossas conversas,
Das nossas coisas, senti saudade de ti.
Senti saudade da saudade que sentia todos os dias, 
Ao ir para casa depois de uma longa labuta...
Senti falta absurda de ouvir tua voz, de me deliciar com o teu riso
E sofrer com teu pranto.
De te ver preocupado, com aquela expressão enigmática no olhar.
De te ver tocando o queixo, pensativo...
Senti falta de ti... Abruptamente.
Senti saudades de quando ainda trocávamos olhares,
Senti saudades de pensar em você antes de dormir,
De me pegar abobalhada, rindo do nada...
Senti falta de te tocar por acaso,
Senti falta das palavras bobas, das piadas,
Dos emotions nas mensagens virtuais.
Senti falta de falar com você.
Falta...Que falta você me faz... Falta...
Do tempo que você me procurava,
De quando você me precisava e eu precisava de ti.
De quando se lembrava de mim com carinho...
E de repente, tudo se perdeu...
Deixamos um abismo se consolidar entre nós.
Deixamos tudo que um dia vivemos, ao acaso...
Ao esquecimento como fazem as almas quando retornam à vida.
Um nó invisível me comprime, desde os pés até a minha cabeça,
Prendendo minha aura triste,
E sufocando a dor que ainda existe - Também, dentro de mim.
Meu corpo está cansado, minha mente está vazia.
O coração em pedaços, nessa noite fria. 
Tentando juntar algo que não sei o que é...
E a saudade que tardia, volta.
Volta com intensidade, pobre de mim!
Insana e fugaz ao ponto de me extrair uma lágrima nesse silêncio sem fim...


                                 Por Dany Rocha  em 04/05/2020