Abro
o blog e as palavras fogem de mim.
Eu
olho sua imagem, guardada a sete chaves em um velho relicário.
Fito-o
longamente, certa que por instinto algo irá me dizer...
Busco
emoções escondidas no passado pelas lembranças vividas,
Nas
entrelinhas de nossas conversas procuro um consolo qualquer...
Faz
algum tempo que não o vejo.
Resolvi
trancar com amarras o meu coração.
Isolei-o
da tua presença, mesmo que isso me doesse às profundezas de minh’alma.
Fecho
os olhos cerradamente e me reporto a mais completa escuridão.
Nesse
instante, consigo ouvir a tua voz soando como melodia tênue aos meus ouvidos...
Minha
percepção vai além e consigo nitidamente sentir o teu cheiro e ver o teu
sorriso...
Sinto
um formigamento em minhas mãos, que descem aos pés e parecem querer levitar-me.
A
lembrança da tua face, dos teus olhos castanhos e do teu sorriso acalma meu
cerne vazio.
Escorre-
me lágrimas, como se elas acariciassem minha pele... Acalentando-me.
A
cada dia eu luto para esquecer-te.
A
cada segundo me pego pensando em ti.
É
uma tortura insana. Meio utópica.
Não
tenho consciência se isto é dor ou ilusão.
Se
é certo ou errado.
Se
meu sentimento te abomina ou se tens medo...
Se
confesso este amor ou se finjo não sentir...
Se
fujo de ti ou o encaro.
Eu
não sei o que fazer! Não compreendo a mim mesma.
Só
posso escrever. Que a minha subjetividade amenize o objetivo inalcançado.
Que
minhas orações sejam ouvidas,
Que
meus sonhos me levem para junto de ti,
Que
a felicidade finalmente nos encontre...
“Eu
sei é tudo sem sentido...” Como divagou o poeta Renato Russo.
Às
vezes não faz sentido. Às vezes, nada
tem nexo ou tudo é muito obsoleto.
Talvez
o amor esteja em desuso.
“Deixa
eu brincar de ser feliz’’,
Querer
e não poder... Imaginar... Fingir... E ir...
Por Dany Rocha em : 08/05/2020
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