E se faz todos os dias... Mesmo sem querer.
A procura... Lastimável busca dos seres que se reivindicam
Apesar dos pudores, dos prazeres, das infantilidades...
Apesar da moralidade, da inconstância...
Reivindicam-se e se buscam.
E se buscam muito mais do que a própria existência.
Busca-se na alma ou a alma.
E se busca onde andamos ou onde somos,
E se busca na amizade,
E se busca onde ínfimos mortais não andam...
Busca-se em todos os lugares, se busca em redes sociais, em sites de relacionamentos.
Busca-se em um instante, em um simples flerte, em um sorriso.
E busca-se em um olhar, em indiretas não ditas ou mesmo em um sonho...
E busca-se a todo o momento, nas emoções, nos pensamentos distantes.
Busca-se dentro de si, onde está subtendida a emoção, nas palavras, na esperança, na escrita.
Busca-se a toda hora, inestimável tempo, quando não se tem mais o tempo preciso...
Busca-se no cheiro dele, confundindo-se entre outras peles, outros lábios, outras mãos...
Busca-se quando a juventude desflora e depois de certo tempo, se esvai...
Mas sempre em si, se busca. Em outras luas, em outros céus.
E se busca em uma foto antiga ou um fato real, de viver mais e mais.
Para não lembrar que nessa busca inconstante, não se encontrará nada.
Pois já o encontrou... E perde-se na busca... E fica...
Apenas um lânguido desejo pelo outro que silencia... Por alguém que se cala...
Apenas a sua própria busca do ser...
Por Dany Rocha em. 06/11/2021