Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

AMOR: NOBRE OU CRUEL SENTIMENTO?



O que restou do amor? Lexema avassalador...
Saudade, gosto amargo de fel.
Atropela todo sentimento e enaltece ao firmamento as palavras hipócritas sobre esse vocábulo tão complexo que é o amor.
Sinto tua presença quase que real ao meu lado... Aos poucos esvaindo-se pela ausência.
Mas, se infiltra em minha vida de forma inanimada...
Estás em cada verso, em cada parágrafo meu...
Estás assim, meio que escondido nas frases dispersas, mais vive incondicionalmente nas entrelinhas do meu pobre coração insano.
Sobrevivem às incertezas, está presente nos flash backs dos romances descritos. 
O amor... Nobre ou insano sentimento?
Sem comparações és o único invólucro divino de palavras doces e incondicional que ainda guardo em minhas reminiscências sofridas.
Definir-te és quimera ilusão, incógnita austera de personificação.
És o crepúsculo do meu alvorecer noturno, pois os dias já não me pertencem, e a qual sobrevivo a existência é nas minhas madrugadas a vagar. Sozinha...
A quem devo clamar oh, sentimento cruel ? És quase um Nero!
Persisto na ideia ilusória do amor, gostaria de ter certeza que esse sentimento errante e algoz existe verdadeiramente.
Que sufrágio de alma é esse? Se ao amar sofremos as grandes asperezas da vida, do descontentamento e da dor?    
Não caro leitor, o amor não é só magia, encanto, é por fim uma falsa esperança aos desesperados e irrelevantes corações carentes.
É uma chama que queima por dentro ao reencontro com outro ser, que ateia esperanças lúdicas aos enamorados para então, depois extrair o vigor dos teus dias, corrompendo tuas virtudes, abobalhando as criaturas num fetiche alucinógeno, como uma droga que não se esvai do teu organismo, até extinguir teu último sopro de vida, de esperança  e credulidade.
Aos apaixonados reprimidos restam as desilusões, as agruras, o fracasso de um amor perdido, ilusório, cicatrizes imutáveis.
Cria-se uma expectativa paralela, um mundo inverossímil, ilógico.
A solidão e a melancolia são as constantes companheiras de alguém metralhado pelas decepções de um sentimento soberbo e introspectivo.
Introspecção... O amor modelo Camoniano... De Shakespeare como em Romeu e Julieta... 
Meras dicotomias... O mesmo amor que te enaltece, também te destrói.
O amor que te faz sorrir, também aos poucos desfalece em rios frondosos de prantos.
Faz-te chorar, o que te faz sobreviver às dificuldades, tornam-se irremediáveis problemas. 
Não devemos mergulhar nessa correnteza torrencial, o amor dói!
Destrói facções, um sentimento tão explorado pelos poetas como algo estupendamente maravilhoso... Mas, não mencionaram a outra face do amor: O lado negro das decepções... E mesmo assim, nós pobres "humanóides", insistimos em reverenciá-lo.  E pior... Insistimos em senti-lo, em amar o amor inconscientemente.
Ao um simples gesto, ao um simples olhar, a um tênue abraço que damos sem sentido, ao delírio na pele que arde, inebriando a sorte sofrida...
E mais uma vez, ele esta lá... O amor...
Sentimento utópico, e há quem diga:
“Melhor sofrer amando na morte, do que viver sem senti-lo”.                                                                 

                                                                         By Dany Rocha  25/07/09.

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