Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

terça-feira, 2 de abril de 2019

Cerne


...
Vivo em uma redoma. Numa cúpula de não sentimentos.
E foi lá que percebi que após tudo o que foi dito era acabado.
Ou talvez, nem ao menos se disse tudo...
Eu pensei que pudesse ‘driblar’ meu coração.
Abri-lo novamente, dar-me essa chance. Permitir-me.
Apenas amar... Sentir...  Viver sem razão.
Mergulhar no obscuro do outro ser. 
Continuar...
Ver a aurora resplandecer, ouvindo teus rocks e Blues
Embarcar no Cohen, Moore ou Joe
Ou discutir a poética dos teus livros...
Dos 'oxis', 'trem' mergulhados em tua caneca de café
Saber de ti, das lutas diárias , da caneta de morango,  da tua fé 
Eu e tu, meu mineirinho candango!
Pertencê-lo talvez.
Mas, as relações em mim são lâminas cortantes,
Freiam e ferem o pulso
Num impulso febril.
Por mais que se tente,
Não consigo derrubar a muralha que existe em mim.
Há um vazio que corroí o leito;
Que dói no peito, e procura emoção.
No entanto, os anseios do derradeiro amor
Converte-se em dissabor e esvai...
Há "M U Z I c a l i d a d e" em seu olhar
Nas entrelinhas do teu ser, o prazer em conhecer
Algo além do que me atrai.
Bato em retirada, como um passarinho sem jornada
Por medo de sofrer ou por insensatez
Não mereço o desatino, desses versos de menino
Nem o bom dia do poeta homem
Sou errada, sou errante, inconstante!
Sou fechada para a felicidade.
Não mereces minhas migalhas
Mereces mais do que o bem infinito 
Há alguém além de mim que postule o teu amor 
Não essa 'erva danynha' descrito carinhosamente e que não sou...
Há de compreender , meu amor.
Nessas horas tão difíceis,
Me perdoe, perdoe a sua flor.

Por Dany Rocha 02/04/2019


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