Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O BLOG -

UMA CONVERSA INFORMAL

Olá amigos, sintam-se como se esse fosse também o seu blog!
Foi ao acaso, quando numa dessas madrugadas em que passo estudando, vencida pela insuficiência assimilação nas leituras, que resolvi abrir este espaço para quem sabe, poder extravasar todo o stress cotidiano que tenho vivido. Não sei se pela proximidade de minhas duas monografias (eu faço duas graduações), pois cada vez que tento definir um tema, ele se esvai de meus pensamentos, ou se é mesmo à condição, de várias atividades acumuladas e investidas sob mim...
Parece coisa de maluco, mais muitas vezes, “viro” à noite e metade do dia para comparecer a sala de aula as 13hrs e dar conta de todas as atividades acadêmicas. Sei que esse tipo de comportamento faz mal a saúde, essa atitude causa danos terríveis a nossa capacidade física e intelectual, pois parece que tudo aquilo que havíamos estudado anteriormente se contrapõe ao brusco cansaço da mente, fazendo-nos não discernir nossas idéias.
O caso é que, já não suportando mais a dor nos olhos, resolvi me preparar para dormir, ou pelo menos dar uma soneca, mesmo sabendo que não iria conseguir devida minha constante e revoltosa insônia (costumo brincar que deva ser filha de vampiros), pois a aurora começava a despontar. Acomodei todos os livros em cima da mesa de estudos, escovei os dentes e fui dar o ultimo afago em meu cachorro, antes de me recolher. Nesse instante, deparei-me com uma garrafa de vinho a qual havia estado, desde o Natal, “repousando” no meu armário da cozinha. Relutei um pouco, olhei para meu fiel amigo Tayke (meu cão) e pensei: Por que não?... Isso vai me relaxar!
Peguei a garrafa e com ela veio às minhas mãos, um velho caderno datado de quando estudava no Colégio Cobrão. Nossa... Quanto tempo! Comecei a manusear o caderno e a cada passada de páginas daquela “esfinge literária” era como se eu pudesse rebobinar o próprio filme da minha vida. O conteúdo? Pasmem... Era um apanhado de frases, pensamentos, poesias, estórias inventadas e (outras nem tanto), que eu escrevia no ensino fundamental e que se reportava ao amor, a paixão e ao primeiro beijo...
O sono a essa altura dos acontecimentos, vocês devem imaginar que não mais existia e movida pela curiosidade em reler minhas antigas produções, compreendi que não restava mais nada a fazer. Sentei-me novamente à mesa de estudos, peguei uma taça a qual a transbordei com o vinho e dei o primeiro gole...
Em minha boca, o vinho tomou uma proporção de puro êxtase, como se uma força dionisíaca me tomasse pelo anseio de tomar aquele último elixir dos deuses. Degustava e lia. Degustava e ria. Degustava e também sentia saudades... Não demorei a perceber uma lágrima escorrer no canto dos meus olhos...

Ali estava a minha essência, a menina desabrochando... A alma pura e cheia de sonhos, os amores inocentes e angelicais pelo amiguinho da sala. Na contra capa do velho caderno ainda percebia-se o coração com as iniciais dos nossos nomes. Não convêm colocarmos aqui, por razões obvias. Já imaginou se ele hoje é um famoso e resolve me processar pelo uso indevido da imagem? (risos)
Que bom seria se todos pudessem guardar suas lembranças. Quisera poder voltar ao mesmo lugar fantasioso ao qual em dado momento, escrevia trechos de poemas meus, que fazia sentada em um galho de Siriguela (árvore da região) que existia no quintal da casa de meus avôs. Como eram expressivos aqueles textos, porém simplórios, não existia nenhuma métrica perfeita como fazem os grandes poetas, mais existia uma coisa que faltam em muitos aspirantes a escritores que é a naturalidade e a doçura de cantar o sentimento de maneira tão inocente e verdadeira. Li cada parágrafo, cada anotação, mesmo as palavras sem nexo, e a cada instante conectada ao passado e embalada pelo sabor do néctar de Baco, percebi que não poderia perder essas experiências, que prefiro chamá-las de existência.
Então, surgiu a idéia do blog. VINHO, PAPEL E POESIA, é um blog onde as coisas mais simples tornaram-se o universo e o relato das reminiscências da autora. Espero que gostem. E quem tiver uma historia parecida, me enviem comentários a respeito. Beijão.

P.S. Pretendo compartilhar fragmentos dos textos do caderno. Não percam os próximos posts. Boa madrugada a todos!

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