Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

MENTIRAS DEL AMOR


Mientas ...
Las edades se preguntan en la vida cuando te conocí.
Tavernáculo, la sombra de la antigua y olvidada ...
Sanado!
Con mi amor loco de las palabras ... Tal vez nunca sabe!
Edad profano niño, después de corte,
O tonos de una puesta de sol, a menudo sin terminar!
Edad poeta, escritor ...
Fue sólo un soplón, la experiencia no se logra.
Usted fue el falo, la sensación de reactor!
Encender y apagar ... Oscilante ...
Hoy en día, la construcción de una relación.
Que antes, ¿por qué olvidar?
Deseos tan antiguos huir a tiempo,
O quiero olvidar tantas veces ...
En yuxtaposición a creer que sería una.
  Por el contrario los sentimientos ...
¿Qué otra cosa hoy en día, se ajusta el tiempo.
Son ilusiones ... Lamenta ...
  En un momento que no era ...
  Y si lo fuera, sería eterna ...
"Miet", pero sigue mintiendo!
Para mí, para ti y sobre todo ...
Para otros ...
Y los otros? ¿Cuáles serían?
Meros espectadores de la ilusión!

Por DANY ROCHA

(TRADUÇÃO)

MENTIRAS DE AMOR

Mientes...
Eras assombro na vida quando te encontrei.
Tavernáculo, esquecido de outrora sombra...
Te curei!
Com meu amor insano de palavras... Talvez outrora nunca, saberei!
Eras menino profano, tardiamente lapidado,
Ou sombras de um ocaso, muitas vezes inacabado!
Eras poeta, o escritor...
Era somente um delator, de experiências não realizáveis.
Eras o falo, o reator do sentimento!
Acendendo e apagando... Oscilando...
Hoje, compilas um relacionamento.
Que outrora, então por esquecimento?
De desejos tão antigos que fogem ao tempo,
Ou de querer esquecer tantos momentos...
Em fazer crer que justapostos, seriamos um.
 Ao contrapor os sentimentos...
Que outro hoje, se ajusta ao tempo.
Seriam ilusões... Arrependimentos...
 De um instante que não foi...
 E se foi, seriam eternos...
“Mientes,” como também continuo mentido!
Para mim, para você e principalmente...
Para os outros...
E os outros? O que seriam?
Meros expectadores da ilusão!

By DANY ROCHA





terça-feira, 1 de novembro de 2011

FRAGMENTOS


Quero o despertar do teu sorriso,
Que inebria todo o meu ser.
Na imensidão profunda de uma manhã,
Que te faz desfalecer.
Quando tua ausência preencheu
Os espaços vazios daquilo que um dia
Foi teu, galguei sem alegria.
No passado da agonia
Senti frio, desespero, ócio...
Os deletérios foram freqüentes,
Quando procurei buscar-te.
Fingi coligir forças...
Fingi felicidade...
Fingi minha própria vida ao acaso!
Só não fingi amor...
Emaranhado ilusório de sentimentos...
De sobrevivência.
Existencial.
Sorvi os mais ínfimos segredos
De mim mesma.
Atraquei em um porto sem rumo,
Sem destino...
Procurei estar na ponta de um iceberg,
Mas só encontrei o falo apocalíptico
Da ilusão...
Pedaços decaídos. Arraigados ao sofrimento,
No silêncio da sorte!
Restos de mim mesma.
Sobrevividos.
Fragmentos de mulher,
Entristecidos...

BY Dany Rocha. 01/11/11.


02 DE SETEMBRO

Hoje é meu aniversário. 
Deveria conter a alegria,
Mais o coração universitário
Sofre com maestria...

Faltam muitas coisas em meu mundo.
Como em tempos preenchidas...
Pela confusão das investidas
Do amor fiel, muitas vezes  profundo.

Hoje amadurecida,
Percebo a vida entristecida...
Muitas lamúrias conturbadas,
Na exaltação ilícita das alvoradas.

Apenas estudo... nem vivo!
Horas, dias... Só livros...
Preciso espairecer, amar...
Ser livre e novamente me encontrar...

Sinto-me presa, a um ideal.
Sobreviver, vencer...
Ser mais Eu! Não retroceder...
Mas preciso ser real...

E esse apocalipse de poesia,
Que aflora em mim...
Faz com que eu apenas sorria
E me antagoniza, ser apenas assim...

Poeta torta, insana do lado de fora,
Amando... Somente!
Sofrendo... Somente!
Na noite e na aurora...E pela imensidão à fora!

(BY DANY ROCHA)


terça-feira, 6 de setembro de 2011

ANULAÇÃO



Respondo ávidamente,
Ao sussurrar do teu sorriso,
Ao teu olhar ardente,
Que para viver é preciso.

Não imploro ao marasmo,
Sucumbi pra não chorar.
Se teus olhos é só sarcasmo,
Faz desdém ao me amar...

Mas o amor é só sofrer,
É castigo desvendar...
Nos teus braços fui Helena’s

(Capitu's em desabafo!)

De Machado sem problemas!
Para nunca te perder, Fui castelo sem luar...


                                                                                by DANY ROCHA
                                                                                          06/09/11.

RELICÁRIO


Tanto que busquei no passado,
As apreensões que tive para não te perder...
Sorvi momentos rebuscados,
E fingi ser tua, sem entender...

Nas facções dos dissabores vãs...
Nas incertezas de amar,
Queria ser mais que as cortesãs
Para poder me perder no teu mar!

Foste o amigo mais fiel,
O amante mais impetuoso,
Do sentimento mais cruel...
O relacionamento conflituoso.

Foste meu em momentos,
Outrora, desenganos...
Suprimi meus sentimentos
E neste anseio fiz muitos planos...

Foste reminiscências de infância,
Imaturo e falso juramento.
No desespero, foste inconstância,
Hoje, homem sem sentimento.

Busco roupagem e disfarço o experimento...
Há lavrado no meu peito aquele verso denso,
Guardado em relicário, apesar do desalento,
Buscando a esperança num coração propenso!

O amor que tinha, comovia o papel...
Desenvolvia o insano, era de forma cruel!
Era tão breve, que nem se advinha...
Escrevíamos poesia, admirando o céu!

E na ânsia tão louca, meu beijo em tua boca,
Era maculado...
Éramos dois ébrios, insanos... Enamorados...
Em um único poema inacabado!

                                                             By Dany Rocha
                                                                   05.09.11.


sábado, 27 de agosto de 2011

CARTA DE ADEUS PARA UM MAGO



Não preciso de mais nada...
Se você estivesse comigo estaria tudo bem!
Eu tentei, não pude.
Sinto-me fracassada em minha inconstância de dor e de desilusão.
Por você não participar de minhas austeras ilusões.
Sinto-me criança, abandonada... Ferida...
Criança birrenta em achar que só a sua presença suportaria o fracasso de meus ideais...
E me regozijaria com minhas decepções.
Necessito do calor do teu corpo másculo,
Do olhar fascinante de aprovação,
Do abraço de satisfação,
Das jornadas antifascistas...
Necessito da ponderação do capitalismo selvagem,
Das noites imaculadas de insanidades e insones.
Necessito moço, do teu calor...
Das nossas conversas ao transpor a noite.
Necessito de ver teus olhos lânguidos e
Emaranhados em lágrimas de amor e ternura.
Sinto e necessito que,
Pense em mim ao deitar.
Como não consigo tirar teus olhos dos meus,
Nem os meus dos teus, observo teu olhar...
Mesmo fechado para a vida!
Necessito de um enfático monossílabo, (OI) apenas...
Necessito daquelas velhas gargalhadas por atrocidades que eu falava...
Bobagens insanas que você adorava, ria, e repetia no dia subsequente sem perceber...
Repetia sem querer porque estavamos interligados ao "dito"...
Ao alísio, ao Dionisio, talvez...
Éramos um casal unívoco...
E a inveja dos outros ou a destreza do teu coração fez com que se esvaísse em lamúrias de glórias perdidas... Passadas...
Amor... Irreal... Vivido em contraponto... Acelerado... Avassalador... Verdadeiro sem querer... Confuso!
Quem um dia vivenciou a realidade e deixou passar por mera inconstância do ser,
Não detém a significação desse sentimento.
Real e ao mesmo tempo impreciso.
Horrendo e magnífico em dualidade... É só o amor...
Atrevo-me a repetir: É só o amor!
Palavra insignificante, agora, para nós...
Ou talvez para você ,que nunca amou em magnitude...
Amar... Amar... Amar... E não amar ninguém...
Trocaste o certo pelo duvidoso...
Trocaste o amor sincero...
Sem truques e maldades, eu amei você!
Preciso esquecer você para me amar de novo.
Encontrar-me, talvez...
Ser feliz... Novamente, com alguém que venha a me amar
E me enxergar como única novamente...
Recomeçar, já que percebo o fim dessa história.
O fim de uma existência juntos...
O fim de tantas coisas magníficas,
Trocadilhos, experiências, conversas, alegrias...
Mesmo a base de um "Country Wine", ou de apenas um,
Refluxo de experiências...
E que não tiveram chances de sobreviver ao tempo.
Nem aos problemas,
Nem as inconstâncias da vida...
Nem as incertezas e os duelos com a consciência...
 É tarde! Metemos os pés pelas mãos. Afastemo-nos...
Não somente o fim agora... Mas o recomeço...
Recomeçar antes que seja tarde  demais pra nos dois...
Terminar,  sangrando o peito...
Terminar, no sentido de continuar,
Um dia... Se possível...                                                             

   BY Dany Rocha 17/ 07/09.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

TEMPO PERDIDO



Quisera eu, ser o ponteiro do relógio do tempo...
Iria congelar todos os ínfimos momentos que passei junto a ti.
E quando esses se esgotassem...
Volveria como num retrocesso infinito para não,
Mas recordar os tristes episódios,
De existência ao teu lado...
O tempo não para...
Como um ponteiro que se movimenta
Incansadamente ao marcar as horas...
Horas de vida...
Horas de ilusão...
Vão e não voltam
Velhas e novas emoções
Nem amores...
Nem amigos...
Nem anseios...
Apenas se perdem num tempo.
Num tempo em que o ponteiro
Do relógio da esperança parou...

BY DANY ROCHA

                                       

domingo, 17 de julho de 2011

alma em FLOR...




FANATISMO

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida…
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

“Tudo no mundo é frágil, tudo passa…”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!…”

( Livro soror saudade de Florbela Espanca)

Quem não conhece esta melodia? Musicalizado por Raimundo Fagner, cantor cearence? Sim, essa música é uma poesia!
A poesia de Florbela tem sido cantada por alguns dos grandes intérpretes da canção. Destacam-se Teresa Silva Carvalho e Luís Represas, dos Trovantes, em Portugal. No Brasil, Fagner, cantor e compositor brasileiro, que musicou seu poema "Fanatismo".
Paralelo a ele, me atrevo a citar um dos poemas que adoro.... e que foi fonte de inspiração de pesquisas, entre ela, a que me definiu pelo tema de minha monografia no curso de Letras.



Amar
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... Além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!......
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... Pra me encontrar...

Permita-nos a esta leitura a respeito do poema Amar de Florbela Espanca:
Procurar... Procurar.. e  não  encontrar ninguém... Existe uma tentativa de encontrar, de amar, que fracassa... a bela Flor , parte para outra busca, desejando amar AQUELE que não encontra na plenitude, fazendo necessário amar toda gente. A conquista do outro não acontece pelo simples prazer de seduzir, mas pela necessidade de ser amada: Aqui ou além...
 Não basta a necessidade da vida, de compartilhá-la: A ânsia e imensa, pois o amor reprimido é motivo da existência. Flor vive... Ama... Existe...
 Amar sem ser amada é viver pela metade, e esperar a morte: Não és sequer a razão do meu viver, pois, que tu és já toda minha vida!
Uma flor necessita de sombra, sol e água para manter-se bela em seu jardim.
 O amor é um tão vital, para a plenitude dos desejos, assim como a sombra e tão essencial quanto o sol para viver. E desta forma existirá uma flor... Bela! Como todas as flores MULHERES em nosso mais íntimo ser....

Biografia:

Poetisa portuguesa, natural de Vila Viçosa (Alentejo). Nasceu filha ilegítima de João Maria Espanca e de Antônia da Conceição Lobo, criada de servir (como se dizia na época), que morreu com apenas 36 anos, “de uma doença que ninguém entendeu”, mas que veio designada na certidão de óbito como nevrose. Registada como filha de pai incógnito, foi, todavia educada pelo pai e pela madrasta, Mariana Espanca, em Vila Viçosa, tal como seu irmão de sangue, Apeles Espanca, nascido em 1897 e registrado da mesma maneira. Note-se como curiosidade que o pai, que sempre a acompanhou, só 19 anos após a morte da poetisa, por altura da inauguração do seu busto, em Évora, e por insistência de um grupo de florbelianos, a perfilhou.
Estudou no liceu de Évora, mas só depois do seu casamento (1913) com Alberto Moutinho concluiu, em 1917, a secção de Letras do Curso dos Liceus. Em Outubro desse mesmo ano matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que passou a frequentar. Na capital, contatou com outros poetas da época e com o grupo de mulheres escritoras que então procurava impor-se. Colaborou em jornais e revistas, entre os quais o Portugal Feminino. Em 1919, quando frequentava o terceiro ano de Direito, publicou a sua primeira obra poética, Livro de Mágoas. Em 1921, divorciou-se de Alberto Moutinho, de quem vivia separada havia alguns anos, e voltou a casar, no Porto, com o oficial de artilharia António Guimarães. Nesse ano também o seu pai se divorciou, para casar, no ano seguinte, com Henriqueta Almeida. Em 1923, publicou o Livro de Sóror Saudade. Em 1925, Florbela casou-se, pela terceira vez, com o médico Mário Laje, em Matosinhos.
Os casamentos falhados, assim como as desilusões amorosas, em geral, e a morte do irmão, Apeles Espanca (a quem Florbela estava ligada por fortes laços afetivos), num acidente com o avião que tripulava sobre o rio Tejo, em 1927, marcaram profundamente a sua vida e obra. Em Dezembro de 1930, agravados os problemas de saúde, sobretudo de ordem psicológica, Florbela morreu em Matosinhos, tendo sido apresentada como causa da morte, oficialmente, um «edema pulmonar».
Postumamente foram publicadas as obras Charneca em Flor (1930), Cartas de Florbela Espanca, por Guido Battelli (1930), Juvenília (1930), As Marcas do Destino (1931, contos), Cartas de Florbela Espanca, por Azinhal Botelho e José Emídio Amaro (1949) e Diário do Último Ano Seguido De Um Poema Sem Título, com prefácio de Natália Correia (1981). O livro de contos Dominó Preto ou Dominó Negro, várias vezes anunciado (1931, 1967), seria publicado em 1982.
A poesia de Florbela caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito. A veemência passional da sua linguagem, marcadamente pessoal, centrada nas suas próprias frustrações e anseios, é de um sensualismo muitas vezes erótico. Simultaneamente, a paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas, transbordando a convulsão interior da poetisa para a natureza.
Florbela Espanca não se ligou claramente a qualquer movimento literário. Está mais perto do neo-romantismo e de certos poetas de fim-de-século, portugueses e estrangeiros, que da revolução dos modernistas, a que foi alheia. Pelo carácter confessional, sentimental, da sua poesia, segue a linha de António Nobre, facto reconhecido pela poetisa. Por outro lado, a técnica do soneto, que a celebrizou, é, sobretudo, influência de Antero de Quental e, mais longinquamente, de Camões.
Poetisa de excessos cultivou exacerbadamente a paixão, com voz marcadamente feminina (em que alguns críticos encontram dom-joanismo no feminino). A sua poesia, mesmo pecando por vezes por algum convencionalismo, tem suscitado interesse contínuo de leitores e investigadores. É tida como a grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX.
 
 BY DANY ROCHA 17/07/11.

domingo, 10 de julho de 2011

AMOR IN -VIRTUAL


Mas uma noite, frente a essa máquina quase humana...
O sono que não vem, explodindo em eternidades de lembranças quase inusitadas...
São freqüentes minhas reminiscências...
É quase que angustiante o frio que percorre a espinha... E a alma...
A falta que você me faz, a saudade que entorpece meu coração machucado.
Não entendo os motivos que te fizeram desistir de mim, de nosso amor, de uma vida que estava apenas começando...
Sinto ainda teu cheiro pelo ar, me envolvendo como névoa ardente, a cada instante que fitava meu olhar...
Mas você decidiu ir...
Decidiu desistir de nós...
Por quantas vezes falei por entrelinhas...
- Não me deixe... Preciso de você!
Mas você, não compreendeu os momentos mágicos que passamos um ao lado do outro...
Cada melodia sussurrada ao pé do ouvido era como se um universo de expectativas, tomasse novamente conta de nossos corações...
O que me conforma, é que apesar da distância... Continuamos juntos...
Virtualmente para nos era real...
Era forte e sincero...
E outrora me pego pensando no poema de Camões, tão bem lapidado e declamado:
“Amor é fogo que arde sem se ver...
É ferida que dói e não se sente...
É um contentamento descontente...”
Nesse momento de reflexão, posso achar-te em meus pensamentos, agora mais que nunca, por que sei que de certa forma, em algum lugar estais olhando a mesma lua que eu, estais a pensar.. Nos mesmos projetos que eu... E estais ai, sozinho como eu, sempre!
Esperando a mulher que te completa como eu...
ou deliciando-se com o vinho, que nos entorpece
e aflora nossos desejos...
Deixa-me falar em teu silêncio,
Deixa-me fitá-lo em meus pensamentos,
Deixa-me beija-lo em um sorriso ou ama-lo sem consentimento..
Deixa-me sobreviver ao tempo,
Que as mágoas que existirem não virem lamentos.
Temos uma vida inteira...
Temos um oceano de possibilidades, temos o mundo!
Temos um sentimento, grande e profundo,
Temos tudo e ao mesmo tempo não temos nada...
Só o amor, sentido e vivido que acalma, resplandece e a cada dia se fortalece pela ausência, pela dor... Qual pela saudade de não poder mais vivenciar plenamente essa nosssa história ...

                         By Dany Rocha

TEATRO DE MARIONETES

Na luz acessa do espetáculo...
De repente meu mundo acabou.
Em meio à glória renascente,
Sorrisos contentes, tudo tão perfeito...
O objetivo alcançado, aplausos animados...
De repente meu mundo acabou.
O palco fechou.
O artista enebriou-se com fumaça algoz.
A serpente... Efêmera dor... Ausente...
Questionava, insistia e o artista em agonia...
De repente meu mundo acabou.
Num ímpeto, quase tudo explicou...
Sentidos... Incompreendidos...
O espectador a ouvidos... Não!
Demente ser... Sofrer por sofrer.
Que víbora insana,

Nem sabe se ama,
Destrói por prazer.
De repente meu mundo acabou.
E agora? Como vai ser...
Isolado o ser
Por certo, a perecer,
O artista chorou...
E eu sem saber
Se vivo ou se morro,
Na vida esse estorvo,
Meu mundo acabou!
A luz apagou...
                                
                      DANY ROCHA 17/11/08.







Lucíola:A ambigüidade psicológica da mulher em Alencar.

Lucíola fora uma cortesã de luxo do Rio de Janeiro no século IX que se enamora por Paulo, um rapaz do interior que veio para a capital, conhecer a Corte. Na primeira vez que Paulo viu Lúcia, julgou ela como meiga e angelical, mesmo sendo advertido sobre sua promiscua profissão, Paulo manteve-se enamorado pela imagem terna daquela deusa. Descobrindo sua casa, Paulo foi visitá-la, e sendo as circunstâncias favoráveis, ela entregou-se a ele como no mais belo ato sexual de amor. Depois disto, Lúcia passou a ser vulgar e mesquinha, desprezando o amor de Paulo, bem como havia dito Couto, amigo de Paulo, a respeito dos modos da moça.
 Paulo então viu Lúcia com outros homens, como Jacinto, e sentiu ciúmes, mas Lúcia justificou alegando ser ele apenas um negociante. Em uma fes,ta,em que todos estavam ébrios.notabilizou-se que as paredes havia quadros de mulheres nuas, e como Lúcia era uma prostituta, a pedido - e pagamento- dos cavalheiros, ela ficou nua diante de todos.
 Para Paulo, aquela não era a imagem que ele havia visto na casa e na cama de Lúcia. Esta era repugnante e vulgar, aquela bela e fantástica mulher não era Lúcia que ali estava, àquela jovem meiga que conhecera, e sim Lucíola, a prostituta mais cobiçada do Rio de Janeiro. Então Paulo retirou-se, alegando que já havia visto paisagens melhores.
Lúcia arrependeu-se do que fez e eles se reconciliaram.
Paulo a amava desesperadamente de forma bela e pura, Lúcia em seus conturbados sentimentos, decidiu então dedicar-se inteiramente a esse amor para que sua alma fosse purificada por ele. Então vendeu sua luxuosa casa e foi morar em uma simplória residência, com se isso fosse um apelo cordial entre seus pecados em sua vida atual.. E contou a Paulo sua história:     
 Seu nome verdadeiro era Maria da Glória e, quando em 1850 houve um surto de febre amarela, toda sua família caiu doente, do pai à irmãzinha. Para poder pagar os medicamentos necessários para salvá-los, Lúcia deixou-se levar por Couto, a quem depois, ela passou a desprezar profundamente. Nessa época ela tinha 14 anos, e seu pai, ao descobrir, a expulsa de casa. Ela fingiu então sua própria morte quando sua amiga Lúcia morreu, assumindo sua identidade.
Agora, com o dinheiro que conseguia, pagava os estudos de Ana, sua irmã mais nova. Paulo ficou muito comovido com a história de Lúcia. Ele sempre a visitava e numa noite de amor ela engravidou, mas adoeceu. Lúcia acreditava que a doença era devido ao fato de seu corpo não ser puro. Confessou seu amor a Paulo e que pertencia a ele. Queria que Paulo casasse com Ana, que tinha vindo morar com eles. Paulo recusou-se assim como Lúcia também recusou o aborto. E por isso ela morreu.
Após 05 anos, Ana passou a ser como uma filha para Paulo, que a amparava. E 06 anos depois da morte de Lúcia, Ana casou-se com um homem de bem e Paulo continuou triste com a morte do único amor da sua vida.
Lucíola é um romance urbano, em que Alencar transforma a cortesã em heroína, que purifica sua alma com o amor de Paulo. Ela não se permite amar, por seu corpo ser sujo e vergonhoso, e ao fim da vida, quando admite seu amor, declara-se pertencente a Paulo. É a submissão do amor romântico, onde a castidade se torna valorizada.      
Percebe-se também uma crítica social e moral ao preconceito. O romance causou comentários na sociedade. Paulo se viu dividido entre o amor e o preconceito. A atração física superou essa barreira, mas até o final ela se sentia indigna do amor de Paulo e do sentimento de igualdade que deveria existir entre os amantes. Atualmente, alguma menina se corrompe ao dizer que são meras Lucíolas, por amor? Guardiãs do desejo e da luxuria, nós mulheres somos um pouco de Lucíola, e a meu ver Lúcias quando nos apaixonamos.

                                                                     By Dany Rocha

domingo, 3 de julho de 2011

LEMBRANÇAS...


Estando longe ou perto,
Ainda sinto o cheiro...
Exalando do teu corpo,
Bem próximo ao meu.
Sinto teu sorriso,
Ao contar velhas
Historias de vida...
Sinto em teu olhar,
Muitas vezes, a ditar
Mensagens que finjo
Não compreender...
Faço um carinho
No dorso dos teus pés
Relaxo-te, em fim...
Deixo-te ser único
E viajas em meus olhos
Quando falas.
Fito-o longamente...
És mistério, ternura, carinho,
Cumplicidade que nos une
Num só.
Como dois, somos nós.
Mais completos, singulares,
Sós...
                                               
                                               By Dany Rocha

sábado, 4 de junho de 2011

URGENTE: UMA CONSCIENTIZAÇÃO POLITICA COM A GALERA!





A JUVENTUDE E SUA PARTICIPAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL.

Hoje, depois que cheguei do meu seminário sobre literatura espanhola, no Centro de Línguas – CCL, liguei a TV e me deparei com uma novela no SBT, sobre a ditadura militar. O fato, é que algumas cenas me chamaram atenção, tendo em vista que percebo agora, o quanto nós, jovens, somos alienados nas questões políticas do país. Percebi que não poderia ficar inerte diante de tantas atrocidades vividas por brasileiros inocentes que simplesmente lutavam por suas ideologias e por um mundo melhor. Fala-se tanto em democracia, em direitos humanos e chego a questionar-me, onde estão os presos políticos daquela década? Como estão atualmente às famílias dos que perderam entes queridos ou como estarão as pessoas que viveram um inferno particular naquela época de desonra nacional? Com todas estas perguntas resolvi escrever sobre alguns fatos históricos daquele momento...

 JUVENTUDE:

Até meados do séc.XX, a juventude estava restrita ao universo escolar, onde a escola sempre teve o papel de prepará-la para a vida. O estudante era a representação do jovem, restringindo aqueles que não tinham acesso a esta instituição.
 A juventude é vista, muitas vezes, como problema e solução para o país. Do mesmo modo que ouvimos expressões como "juventude perdida", "juventude viciada e violenta", escuta-se frases célebres como "os jovens são o futuro do Brasil". Para entender a juventude é preciso conhecer as transformações que esse momento significa na vida de cada pessoa, os sonhos, desafios, dificuldades... Daí, o grande número de projetos e debates que são realizados sobre a juventude no Brasil e no mundo. Só para se ter uma idéia de cada dois desempregados no país, um é jovem. Os jovens são os que mais matam e, ao mesmo tempo, os que mais morrem em acidentes de trânsito e a cada duas mortes de jovens entre 15 e 24 anos, uma foi por homicídio. Os jovens entre 18 e 24 anos representam 2/3 da população carcerária no país e mais de 1 milhão de jovens não estudam nem trabalham, vivendo integralmente o chamado "ócio juvenil". Diante desse quadro alarmante, é que os movimentos organizados de juventude, ao lado de entidades representativas e instituições acadêmicas, têm reivindicado a inclusão das políticas públicas de juventude na pauta da agenda do governo nos planos nacional, estaduais e municipais. O Governo Federal reconhecendo a importância de um espaço para a elaboração e execução dessas políticas, criou a Secretaria Nacional de Juventude e o Conselho Nacional de Juventude, que coordenam e acompanham projetos bem-sucedidos como o Pró-Jovem, ProUni, Agente Jovem, Primeiro Emprego. Esse esforço do governo aponta uma nova direção e um novo desafio para a juventude, que é a organização e a participação política dos jovens, pois não basta exigir ações do governo, é preciso organizar-se e participar ativamente das decisões políticas do país.
Atualmente, os jovens de uma das universidades a qual faço parte, (UESPI) estão se mobilizando em prol de uma educação de boa qualidade, as reivindicações estão entre o governo do estado e a instituição pela luta na melhoria do ensino, educação de qualidade e principalmente pelas melhores condições do Campus onde estudamos. Movimentos culturais, passeatas e greve são os pontos fortes para chamar atenção das autoridades que de forma pressionada busca a solução dos problemas. A meta com essa mobilização é que a UESPI consiga a melhoria integral dos cursos disponibilizados naquela instituição.


CONTEXTO HISTÓRICO

Para melhor compreendermos a participação da juventude no meio político devemos entender que, desde muito tempo, os jovens já se organizavam em prol de atingir objetivos. Se analisarmos a história do País, veremos que praticamente todas as importantes mudanças e conquistas da nação brasileira, contaram com a participação ativa da juventude.  A primeira manifestação estudantil ocorreu, por exemplo, em meados do séc. XVII ainda na época do Brasil Colônia, quando algumas centenas de estudantes, armados de punhais e poucas armas de fogo, impediram a invasão francesa à cidade do Rio de Janeiro. Depois disso, houve uma grande e importante participação jovem na Inconfidência Mineira. Um pouco mais tarde, movimentos assinados por jovens recém-chegados da Europa, influenciaram positivamente na abolição da escravatura e na Proclamação da República. No contexto atual, não muito distante (1992), os jovens vieram às ruas para pedir o Impeachment, de Fernando Collor, ou seja, sua impugnação de mandato, que denomina o processo de cassação de mandato do chefe do executivo pelo congresso nacional  às Assembléias estaduais e Câmaras municipais para países presidencialistas, aos seus respectivos chefes do executivo.

UNE
 Era um dos principais representante dos movimentos estudantis no Brasil. Concebida, em 1910, no I Congresso Nacional de Estudantes, em São Paulo, e fundada em 13 de agosto de 1937, (coincidindo com a instauração da ditadura do Estado Novo) e foi ai que surgiu a necessidade dos estudantes universitários se organização para lutar pela construção da democracia e justiça social no Brasil. Posso elencar cronologicamente alguns objetivos: 1942: manifesta-se contra o regime ditador do ESTADO NOVO, contra o eixo a II guerra Mundial e luta pelo fim da ditadura de Vargas; 1947: o ideal nacionalista levou a passeata o PETRÓLEO É NOSSO; 1956/58: contra a internacionalização da Amazônia e pela criação de indústrias de base e reforma agrária; 1962: greve geral, ampliação do ensino gratuito e democratização universitária; (1964-1989) de oposição ao regime militar; 1964- 1º de abril- sede da Une incendiada, criticas à intervenção dos EUA, pelo MEC a educação brasileira; (1979) a favor da anistia ; (1984) diretas já“ ; (1986) contra a dívida externa ; (1987) por uma universidade pública e gratuita ; (1992) —fora Collor , entre muitas outras. 1985 : UNE volta a legalidade, ressurgem os grêmios e os centros estudantis. Esse movimento estudantil, pela sua grande capacidade de organização  foi capaz de colocar cem mil pessoas na rua, quando da passeata dos cem mil, em 1968 (em protesto contra a ditadura militar) tornando-se o marco dos movimentos estudantis e da atuação política dos jovens no cenário nacional. Desde então, a historia participativa dos jovens elencaram os principais episódios políticos do país, como já descritos anteriormente.
 Devemos também, Lembrar que nos anos 60, a UNE junto com outras entidades estudantis, colocam-se a frente de movimentos Populares, pois o país atravessava crises com o regime militar, intensificando quando Jânio Quadros renuncia e João Goulart assume o governo propondo reformas de base, foi neste caso, que a UNE uniu-se a Jango na luta pela reforma educacional ( reivindicando a ampliação do ensino gratuito e a democratização das universidades. Esse fato ficou conhecido como A GREVE GERAL DE 62.
 Mas as pressões não acabavam ai. Movimentos estudantis abalaram o cenário da política do Brasil como: De 64 á 89 - de oposição ao regime militar, onde continuam as pressões, vários estudantes são presos, exilados e mortos, a sede da UNE foi incendiada no RJ, paralelamente em outros paises explodem diversas manifestações estudantis; 1964- 1º de abril- sede da Une incendiada, criticas à intervenção dos EUA, pelo MEC a educação brasileira; lei Suplicy de Lacerda nº4464, elimina a Une da representação dos estudantes; Em 79,a favor da anistia ;  novas manifestações pela volta do regime democrático.  (1984) “diretas já”, que elege quase que unanimemente Tancredo Neves como presidente; (1986) contra a dívida externa;  (1987) por uma universidade pública e gratuita ;  (1993) ocorre o movimento, Fora Collor , entre muitas outras e em 1985, a  Une volta a legalidade, ressurgem os grêmios e os centros estudantis.
OS MOVIMENTOS CULTURAIS E OS JOVENS NO BRASIL
Os movimentos culturais da juventude andaram de mãos dadas com a política, mostrando através das artes o engajamento político dos jovens brasileiros. Foi assim com Chico Buarque e Geraldo Vandré na década de 60, o movimento tropicalista na década de 70, o rock brazuca dos anos 80, com Renato Russo questionando “que país é este?”. Sem falar do teatro, no cinema-novo de Glauber Rocha e vários outros... Não poderia deixar de falar de Raul.  No ano de 74, Raul Seixas e Paulo Coelho, criam a Sociedade Alternativa, uma sociedade baseada nos preceitos do bruxo inglês Aleister Crowley, onde a principal lei é "Fazes o que tu queres, há de ser tudo da Lei". Em todos os seus shows, Raul divulgava a Sociedade Alternativa com a música de mesmo nome. A Ditadura, então, através do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) prendeu Raul e Paulo, pensando que a Sociedade Alternativa fosse um movimento armado contra o governo. Depois de torturados, Raul e Paulo foram exilados para os Estados Unidos onde Raul Seixas teria supostamente se encontrado com John Lennon. No entanto, o seu LP Gita gravado poucos meses antes faz tanto sucesso, que ambos voltaram ao Brasil, e foi o que hoje consagramos como o Pai do Rock, depois de Elvis, claro!
WOODSTOCK
No âmbito internacional, os jovens para reivindicar seus direitos oprimidos, resolveram também invadir o pensamento jovial.
O Festival de Woodstock foi o mais importante festival de rock and roll de sua época. Realizado entre os dias 15 e 18 de agosto de 1969 em uma fazenda em Bethel, NY, reuniu num final-de-semana mais de meio milhão de jovens. O festival exemplificou a era hippie e a contracultura do final dos anos 60 e começo de 70. Simbolizou a luta pela paz e liberdade e pelos direitos dos jovens que se recusavam entrar para o exercito, uma repulsa a guerra do Vietnã. Nessa época era proclamado o direito da FLOR, representando a pureza, ao amor livre , ao ópio, a vida natural, 32 dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se durante um chuvoso fim de semana defronte a meio milhão de espectadores. Esse evento surgiu do esforço de quatro empresarios que queriam investir seu capital no meio musical. Inicialmente o projeto era a criação de um estúdio de gravação em Woodstock, mas a idéia evoluiu para um festival de música e artes ao ar livre.Mesmo considerado um investimento arriscado, o projeto foi montado tendo em vista retorno financeiro. Os ingressos passaram a ser vendidos em lojas de disco e na área metropolitana de Nova York, ou via correio através de uma caixa postal. Custavam 18 dólares (aproximadamente 75 dólares em valores atuais), ou 24 dólares se adquiridos no dia. Aproximadamente 186.000 ingressos foram vendidos antecipadamente, e os organizadores estimaram um público de aproximadamente 200.000 pessoas. Não foi isso que aconteceu, no entanto. Mais de 500.000 pessoas compareceram, derrubando cercas e tornando o festival um evento gratuito. Pode-se dizer que foi o Marco do movimento da contracultura, naquela ocasião, promoveu grande polêmica, pelos propósitos levantados: os ideais paz e amor, defendendo o sexo livre e condenando a Guerra do Vietnã. Um protesto contra uma sociedade americana infestada pelo desejo de controle. Esse  evento original provou ser único e lendário, reconhecido como uma dos maiores momentos na história da música popular. Destaques para Janis Joplin e Jimi Hendrix. (Adoro!).... Só para voces se situarem, vou fazer uma pequena biografia dos caras:

Janis Joplin: foi muito mais do que a única branca a alcançar reconhecimento interpretando blues (reduto de músicos negros, principalmente quando consideradas artistas do sexo feminino), foi também cantora de rock, dona de uma voz incomparável, e capaz de imprimir às músicas que cantava uma marca inconfundível de interpretação e sensualidade.  Em meio às gravações do álbum Pearl, Janis foi encontrada morta, vítima de overdose de heroína e álcool, ainda com as marcas de agulhas nos braços.

Jimi Hendrix: Autodidata e canhoto tocava de maneira completamente estranha uma guitarra para destros, com as cordas invertidas. Revolucionou a maneira de tocar guitarra, Seus solos e “riffs” foram uma das principais raízes para o nascimento do heavy metal. O jovem guitarrista canhoto chama a atenção não apenas pelos solos imprevisíveis e de estilo inédito até a época, mas também pela extrema habilidade em tocar a guitarra com os dentes ou nas costas. Em 18 de setembro de 1970 Jimi Hendrix entrou em coma em um quarto de hotel de Londres, sozinho, sendo encontrado desacordado por uma equipe de paramédicos. A caminho do hospital foi constatada a sua morte em virtude de sufocamento por seu próprio vômito. Existem muitas controvérsias sobre a real causa da morte, mas provavelmente Hendrix sofreu uma overdose de pílulas tranquilizantes.


TROPICALISMO
A Tropicália, Tropicalismo ou Movimento tropicalista foi um movimento cultural que nasceu sob a influência das correntes de vanguarda artísticas e da cultura pop nacionais e estrangeiras (como o pop-rock americano e a poesia concreta) e mesclou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais como o uso da guitarra elétrica. Tinha também objetivos sociais e políticos, mas principalmente comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob o regime militar, no final da década de 1960. O movimento manifestou-se principalmente na música, e no vestuário. Nessa época, a contracultura hippie foi assimilada, com a adoção da moda dos cabelos longos encaracolados e das roupas escandalosamente coloridas.
O marco inicial foi o Festival de Música Popular realizado em 67, pela TV Record, onde Caetano Veloso tirou o 1º lugar com a música alegria, alegria  O tropicalismo inovou também em possibilitar uma mistura entre vários estilos musicais como, por exemplo, rock, bossa nova, baião, samba, bolero, entre outros. Ao unir o popular, o pop e o experimentalismo estético, as idéias tropicalistas acabaram impulsionando a modernização não só da música, mas da própria cultura nacional. As letras das músicas possuíam um tom poético, elaborando críticas sociais e abordando temas do cotidiano.
Pode-se observar a questão da oposição a ditadura. Aqui postarei uma das músicas censuradas, que só após o movimento, foi pioneira de sucesso nas rádios nacionais e que ouvi hoje na trilha sonora da novela.

Cálice
Composição : Chico Buarque e Gilberto Gil
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor e engolir a labuta?
Mesmo calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada, prá a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda (Cálice!)
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, Pai, abrir a porta (Cálice!)
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade?
Mesmo calado o peito resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno (Cale-se!)
Nem seja a vida um fato consumado (Cale-se!)
Quero inventar o meu próprio pecado (Cale-se!)
Quero morrer do meu próprio veneno (Pai! Cale-se!)
Quero perder de vez tua cabeça! (Cale-se!)
Minha cabeça perder teu juízo. (Cale-se!)
Quero cheirar fumaça de óleo diesel (Cale-se!)
Me embriagar até que alguém me esqueça (Cale-se!)

Como em toda ditadura, não há lei, 0 que existe é a vontade do ditador e de seus lacraios. Eles podiam fazer o que bem quisessem, como o outro e com a própria justiça que julgavam ser sua própria lei. O Tropicalismo,movimento libertário por excelência, durou pouco mais de um ano e acabou reprimido pelo governo militar. Seu fim começou com a prisão de Gil e Caetano, em dezembro de 1968. A cultura do País, porém, já estava marcada para sempre pela descoberta da modernidade e dos trópicos. Ainda hoje se ouve as musicas desse movimento. Eu, particularmente adoro. Mais ainda, na manifestação pela liberdade de expressão, principalmente dos jovens, ocorreu o movimento dos anos 80. quem não lembra? O ROCK!
O novo estilo nacional, o rock pop, teve seu ultimo estouro com o aparecimento de dezenas de bandas nacionais que dominaram o cenário nacional. Era o fim da Ditadura, com a abertura democrática, a campanha das Diretas já!. De Tancredo e a sua morte fatídica, com a posse de Sarney e o Plano Cruzado.
Bandas com perfil rebelde, sacudiram o país de norte a sul, rompendo de vez com as amarras do sistema impostas aos filhos da Revolução, palavras raivosas foram ditas numa voracidade crua sem filosofias ou compromissos, e por isso mesmo traduziam um real sentimento, escancarar a realidade. Um notável mar de verdades certeiras influenciaram os jovens que passaram a compor e a cantar em seu próprio idioma o ritmo que mais curtiam o Rock , trazendo de volta ao topo das paradas nacionais, a língua Portuguesa. Esse movimento ficou conhecido como Rock Brasil. Lembro ainda , de uma música que minha mãe me pois de castigo,quando proferi na mesa do almoço. Tinha acabado de chegar do colégio, nessa época estudava no Cobrão, e simplesmente almoçando proferi: ““Bichos!/ Saiam dos lixos/ Baratas!/ Me deixem ver suas patas/ Ratos!/ Entrem nos sapatos / Do cidadão civilizado… / Pulgas!/ Que habitam minhas rugas/ Onçinha pintada/ Zebrinha listrada/ Coelhinho peludo… (vão se fuder!)”  Nossa... a música do Titãs deu o que falar! Eu não sabia, mas descobri que foi pelo o processo que levou ao fim da censura no momento da redemocratização em 85/86, lembrei da historia da música Bichos Escrotos, do antológico álbum dos Titãs Cabeça Dinossauro, que era tocada pelo grupo em shows desde 1982. Em Cabeça Dinossauro os Titãs apontam para todas as direções – Polícia, Igreja, Família, Estado, em cada título há um ataque violento a uma instituição. À influência do desencanto pós-punk se junta uma politização que finalmente encontra um canal de escoamento. Hoje, sei que “me lasquei na época”... Porque, justo naquela época, apenas uma música teve a radiodifusão proibida, justamente Bichos Escrotos. E o motivo desta proibição não teve nada de ideológico ou político, mas apenas a presença da expressão “vão se foder!” no meio da letra. Assim que as rádios descobriram isso, fizeram uma versão sem voz neste trecho, e a música saltou para os primeiros lugares das paradas. Eu agora faço é sorrir, porque essa expressão em meio à sociedade é tão banal... Fim da ditadura e as pessoas ainda continuam hipócritas... Fala isso a toda hora, se não falam, pensa quando algo ou alguém não correspondem com o que queriam. (vamos ser sinceros!).
Engraçado foi como as rádios descobriram. Escutei na época uma entrevista dos Titãs para Rádio Transamérica, pasmem... era uma gravação que a antiga Educadora de Parnaíbapois ao ar, em que eles contaram ter conversado com  o órgão da censura e que ele havia dito que, retirando o palavrão, a música seria liberada. No dia seguinte, a versão sem o palavrão já estava tocando.(mas eu falava...vão se f...).
O que ele não havia se dado conta era que, com o país redemocratizado, a censura não era mais aquela (e realmente ela foi totalmente desativada pelo governo Sarney). Não havendo mais questões ideológicas para serem vigiadas, mas com a máquina ainda montada, ela voltou-se para questões morais, e acabou criando estas situações meio RIDÍCULAS. Os Titãs não foram a única banda a ter músicas censuradas. Faroeste Caboclo e Conexão Amazônia, do meu amor e ídolo Renato Russo, Legião Urbana, também o foram, seja por se referirem ao tráfico de drogas, seja apenas pela presença de um palavrão na letra, o que não impediu a primeira de ser apresentada no horário nobre da Rede Globo (sem o palavrão. Renato Russo soltou uma risada ao cantar “olha pra cá, seu sem vergonha, sem vergonha”... (risos!)
Poderiam eram censurar essas bandas ridículas de forró com expressões dúbias e sem escracho, que tendem a falar mal da mulher generalizando-as de safadas e putas ou de todos os homens como cornos, também os generalizando. Uma forma ofensiva de fazer, o que eles dizem ser ARTE. (me poupe!). No contexto social e politico de 1980, o sucesso rápido e sem limites foi grande inimigo das bandas, causando brigas, separações e o fim de muitas. No final da decada  de 80, houve a volta da  maldita inflação com nova troca de moedas de Cruzado para Cruzado Novo. No início de 90, com a era Collor, novos planos econômicos e novas mudanças de moedas de Cruzado Novo para Cruzeiro, o confisco da poupança, as mortes do ícone Cazuza e do poeta maior Raul Seixas, o domínio da musica sertaneja na propaganda que causou protestos e reclamações, a explosão do Axé influenciando o surgimento de vários grupos de pagode. As letras não eram mais contestadoras nem questionadoras, demonstrando uma juventude conformista e apatica as questos politicas da nação. Sem contar os funks, pelo amor de Deus!
Atualmente, eu creio que a juventude, vivendo em condições de insegurança sem precedentes na história da humanidade, com a falta de estabilidade das instituições e de credibilidade dos valores éticos transmitidos do passado, os jovens estarão sendo confrontados com um futuro imprevisível, em que as chances de desenvolvimento serão determinadas, essencialmente, pela maior ou menor capacidade que desenvolvam para conviver e protagonizar situações de mudança. Este é o nosso grande desafio que  terá de ser enfrentado ao mesmo tempo em que passamos pelos processos psicossociais, emocionais e consequentemente politicos, socioculturais, educacionais que vivemos no contexto da atualidade. Confesso que ainda me preocupa nossa atuação no futuro ainda próximo, mas só depende de nós. E salve a juventude!
                                                                  indignada....
                                                            By Dany Rocha.