Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

terça-feira, 6 de setembro de 2011

RELICÁRIO


Tanto que busquei no passado,
As apreensões que tive para não te perder...
Sorvi momentos rebuscados,
E fingi ser tua, sem entender...

Nas facções dos dissabores vãs...
Nas incertezas de amar,
Queria ser mais que as cortesãs
Para poder me perder no teu mar!

Foste o amigo mais fiel,
O amante mais impetuoso,
Do sentimento mais cruel...
O relacionamento conflituoso.

Foste meu em momentos,
Outrora, desenganos...
Suprimi meus sentimentos
E neste anseio fiz muitos planos...

Foste reminiscências de infância,
Imaturo e falso juramento.
No desespero, foste inconstância,
Hoje, homem sem sentimento.

Busco roupagem e disfarço o experimento...
Há lavrado no meu peito aquele verso denso,
Guardado em relicário, apesar do desalento,
Buscando a esperança num coração propenso!

O amor que tinha, comovia o papel...
Desenvolvia o insano, era de forma cruel!
Era tão breve, que nem se advinha...
Escrevíamos poesia, admirando o céu!

E na ânsia tão louca, meu beijo em tua boca,
Era maculado...
Éramos dois ébrios, insanos... Enamorados...
Em um único poema inacabado!

                                                             By Dany Rocha
                                                                   05.09.11.


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