Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

domingo, 15 de setembro de 2013

PARA UMA PEQUENA AMIGA


Sempre me pedes para desabafar no papel.
É o que faço agora... Entre esferográficas, papeis avulsos...
Escrevendo em frente ao note book, desolada...
Tentando, insanamente... Desabafar...
Incrível, a primeira noite que passei sem ele, nem dei por conta,
Ignorei, achei que ele queria tirar o fardo que sou.
Mas, amiga, está sendo difícil...
Porque eu tinha todo o apoio moral dantes.
Achei que tinha uma existência... Traumas perdidos...
Agora só sou eu, sozinha...
E quão estupenda é essa solidão sem corresponder
Aos apelos de uma investida de ânimo...
Estou vencida... No fim da exaustão.
Sabes... Um grande amor, não é assim que se desfaz.
Viver de mentiras, fingir que não dói, dói muito!
Durante o dia os sorrisos que disfarçam,
As nossas divergências... Insólitas...
E agora assim, distante nem tenho forças pra viver.
Precisava de uma chance.
Estou a nocaute! Escrevo para sobressair o ócio.
Nessa casa tão vazia, tão grande... De solidão.
Para sobreviver o amanhã... Entende?
E o que no amanhã teremos?
Se nem temos forças para levantar?
Minha cama tornou-se minha segunda alma.
Nela convivo com a maior parte de minha existência,
Digo, dos dias que não correspondem ao que necessito.
Mas fico nela... Tudo subverteu ao amor.
Atônita... Pensativa e saudosa...
Com companheiros geniais e histórias inverossímeis, passo maior parte do tempo.
Luisa, Bilac, Shakespeare, Florbela, Victor Hugo, Camões, Nietzsche, Alencar, Lorde Byron…
São os flashes backs que tenho de alegrias vividas.
E ao som de Raul Seixas, Los Hermanos, Beathes, Zé Ramalho, Renato Russo,
Tenho um pouco de nostalgia satisfatórias ao ego machucado.
Meus raios de luz... Brilhando... Oscilando, amiga!
Entre o desejo e a paixão perdida.
Entre as bibliografias dos mestres...
Eu sei! Não pode ser dessa forma...
Os brilhos da paixão não mais me pertencem,
Se estiver bem ou ruim, não mais o interessa...
Sou como um poeta que morre... Reverenciado, mas esquecido...
Não quero ser um ícone pop como Michael Jackson,
Idolatrado depois da morte...
Quero o reconhecimento ainda presente.
Que vale a existência então?
São reminiscências que não mais olvides...
Se lembrares de mim é com desprezo.
Trocado de uma condição que não mais o tenho.
Desprezo de um amor unívoco, capaz e talvez nunca dantes encontrado...
Amiga... Nessa solidão, lembrei de falar-te.
Foi assim, a nossa história de amor. Tórrida, caliente, verdadeira...
Que consequentemente...
E triste... E como tantas outras vividas por anônimos...
Simplesmente... Acabou!                
                                                                                                By dany rocha 15/07/09.


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