Um poema esbarrou em mim esta manhã.
Não um poema de versos, ou coisa que se escreve
assim em dias em que sentimos a necessidade em fazer gritar a alma...
Não lições ou pensamentos restritos acumulados pela
solidão e dor.
Um poema mais que perfeito sondou meu corpo físico.
Solto ao vento como se a mágica buscasse um pouco de
sensatez para começar o dia.
Um poema povoou minha existência, começou de
mansinho e se instalou naquilo que meus olhos testemunhavam.
Começou por um silêncio quase que mortal, chegando à
menina dos meus olhos em dia cálido...
Um poema sem palavras inquietou meu caminho.
Seguiu-me desde o começo até a trajetória finda.
O dia acordava para a vida, para o existencialismo.
Ouvia os passos apressados, o burburinho das pessoas, que olhavam e seguiam...
Mais um dia!
Neste instante, percebi que o poeta não precisava de
uma folha de papel para escrever suas estórias, bastava observar a beleza
simplória deste poema inacabado, como a borboleta que me seguiu e que ao longe
carregava em suas patas uma pétala da mais linda flor dos muitos jardins.
Percebi que na vida
tudo tem um motivo, que não devemos desistir.
Apenas mostrar para outros como seguir novamente.
De ventura, e em que
uma noite se aclara quando a solidão não tem mais fim, a borboleta cansou e desistiu
da pétala, como se buscasse um novo recomeço.
Desistiu da pétala...
Que por fim
deixou-a cair em minhas mãos...
por DANY ROCHA
Nenhum comentário:
Postar um comentário