Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

sábado, 14 de julho de 2012

NOTURNA


    

É na madrugada que medito...
É na madrugada que sinto o amargo soluço.
É na madrugada que vem a embriaguez...
É na madrugada que foge a sensatez.
É na madrugada que tudo se expande...

Quando a noite vem,
Não falo, não penso...
As palavras outrora abundantes,
Escorre-me garganta adentro.
São engolidas, são presas...

Num ímpeto, cresce um imenso,
Desejo de liberdade...
De compartilhar momentos, emoções...
Mas nada... Somente nada...
Apenas vazio... Papéis... Solidão...

É na madrugada que reflito...
É na madrugada que sou essência,
É na madrugada que me atrevo,
É na madrugada que grito muda,
É na madrugada que escrevo...
                                                                                                                                                                 
Por que na madrugada insone
Recrio meu mundo... Meu universo...
Embora mudo, triste, sem nexo...
É na madrugada que tento ser eu.
E ao alvorecer, percebo que nada pude ser...
Nem mesmo um Ser... Somente um verso...
                                
 By Dany Rocha  04/09/2008

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