É na madrugada que medito...
É na madrugada que sinto o amargo soluço.
É na madrugada que vem a embriaguez...
É na madrugada que foge a sensatez.
É na madrugada que tudo se expande...
Quando a noite vem,
Não falo, não penso...
As palavras outrora abundantes,
Escorre-me garganta adentro.
São engolidas, são presas...
Num ímpeto, cresce um imenso,
Desejo de liberdade...
De compartilhar momentos, emoções...
Mas nada... Somente nada...
Apenas vazio... Papéis... Solidão...
É na madrugada que reflito...
É na madrugada que sou essência,
É na madrugada que me atrevo,
É na madrugada que grito muda,
É na madrugada que escrevo...
Por que na madrugada insone
Recrio meu mundo... Meu universo...
Embora mudo, triste, sem nexo...
É na madrugada que tento ser eu.
E ao alvorecer, percebo que nada pude ser...
Nem mesmo um Ser... Somente um verso...
By Dany Rocha 04/09/2008
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