Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

ESCUTA-ME


Tu, um luar perdido no tempo

Vagueando a noite inteira sob reflexos do alvorecer...

Eu, apenas uma brisa perdida que paira na água,

Sorvendo tuas pegadas na areia...

A cada dia a imensidão separa.

Separa o mar que acaricia a praia,

O sol que aquece e acalma,

O vento que beija a face.

E desiludida, um pranto escorre em minh’alma

Como se fosse o último suspiro,

O derradeiro pensamento,

O entardecer de tristezas...

Mas, o que se passa dentro do teu silêncio?

Qualquer calmaria exposta?

Ou revoadas de turbulências implícitas?

Meu amor... Volta para os meus sonhos,

Não te esvai somente.

Vem como a velha alma que sente

A essência do meu ser.

Sou como nada sem você. Embarcada à deriva...

E juntos, deixemo-nos levar além do horizonte

Às sensações e palavras contidas na garganta

Num grito mudo

Que nem o coração pode olvidar.

                                                            Por Dany Rocha / 06 agosto de 2020

 


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