Tu, um luar perdido no tempo
Vagueando a noite inteira sob reflexos do alvorecer...
Eu, apenas uma brisa perdida que paira na água,
Sorvendo tuas pegadas na areia...
A cada dia a imensidão separa.
Separa o mar que acaricia a praia,
O sol que aquece e acalma,
O vento que beija a face.
E desiludida, um pranto escorre em minh’alma
Como se fosse o último suspiro,
O derradeiro pensamento,
O entardecer de tristezas...
Mas, o que se passa dentro do teu silêncio?
Qualquer calmaria exposta?
Ou revoadas de turbulências implícitas?
Meu amor... Volta para os meus sonhos,
Não te esvai somente.
Vem como a velha alma que sente
A essência do meu ser.
Sou como nada sem você. Embarcada à deriva...
E juntos, deixemo-nos levar além do horizonte
Às sensações e palavras contidas na garganta
Num grito mudo
Que nem o coração pode olvidar.
Por Dany Rocha / 06 agosto de 2020
Nenhum comentário:
Postar um comentário