Deixe-me amá-lo...
Amá-lo como ama o amor,
Amá-lo como você merece,
Amá-lo como fêmea...
Amá-lo exalando minha volúpia e inundando teu ser em meu ser.
Deixe transbordar meu desejo em teus lábios,
Que roubam verdades minhas... Sem querer...
Sem poder mascará-las!
Destrói- me junto ao teu corpo,
Neste momento em que acende todo meu prazer.
Prende minhas felinas garras para não poder tocá-lo...
Pois, se acaso não o fizer,
não poderei dominar minh’alma insana por ti... Tomá-lo-ei para mim...
Deixe-me amá-lo, como amei um dia a muitos anos...
E deixe-me amá-lo como em alguns dias...
Mas, principalmente deixe-me amá-lo sempre...
O que pensei esquecido evidenciou-se, em um tempo que a distancia não
conseguiu destruir, apenas adormeceu!
O encanto não desencantou, resguardou a vontade suprimida pelos beijos
adolescentes que eclodiram em um momento “Dionisíaco”...
No abraço de quem te toca o desconhecido, fica o segredo de quem não
quer amar, se envolver ou se entregar.
Quero apenas amar, me disse... E integraliza tuas razões e medos com
certezas incertas, que furtam de ti um êxtase de súbita felicidade.
Um sorriso teu. Que bela pintura!
Deixe-me amá-lo...
Nas mãos de quem te domina e detêm teus grisalhos cabelos, pela vida
experienciada, a esperança se finda ao se fechar para o novo, para o querer
estar...
E o amor é assim, sentimento plural e ao mesmo tempo único! Fontes límpidas de águas claras, que estrutura, sacia e mata a sede dos desolados... Exacerba a vida e acalanta, domina e te inquieta... E não se pode contestar o que se foi
e o que se teve naquele olhar de quem te roubaram sorrisos e de tamanha clareza,
se fez amar.
A entrega foi sublime, demasiada
paixão... Momento nenhum, igual não há! E não há explicações, apenas o êxtase,
o barulho do vento, a lua lá fora, a brisa do mar...
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