Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

quinta-feira, 2 de junho de 2011

NOTURNA

É na madrugada que medito...
É na madrugada que sinto o amargo soluço.
É na madrugada que vem a embriaguez...
É na madrugada que foge a sensatez.
É na madrugada que tudo se expande...

Quando a noite vem,
Não falo, não penso...
As palavras, outrora abundantes,
Escorre-me garganta adentro.
São engolidas, são presas...

Num ímpeto, cresce um imenso,
Desejo de liberdade.
De compartilhar momentos, emoções...
Mas nada! Somente nada...
Apenas vazio...papéis... Solidão...

É na madrugada que reflito...
É na madrugada que sou essência,
É na madrugada que me atrevo,
É na madrugada que grito muda,
É na madrugada que escrevo...

  (É a madrugada e a existência)
                                                                           
Por que na madrugada insone,
Recrio meu mundo... Meu universo...
Embora mudo, triste, sem nexo...
É na madrugada que tento ser eu.
E ao alvorecer, percebo que nada pude ser...
Nem mesmo um ser... Somente um verso...
                               
By Dany Rocha.


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