E nesse silêncio
que me rouba a alma existencial,
Percebo que
todas as tentativas de retroceder no tempo,
Só me trouxeram
mais sofrimento por não aceitar a triste realidade...
Perdi você!
Perdi ou nesse
exato momento, estou abolindo da chance de retomar
e reverter o
quadro lastimável em que me encontro.
Sucumbi aos
submundos, desci ao mais baixo nível da degradação.
Subir ao êxtase,
e não consegui mascarar a falta que você me faz...
E mesmo assim,
fingindo, um vazio tomava conta de todo cerne existencial.
Era apenas vazio
que existia,
o cotidiano
nefasto dos momentos de embriagues platônicos...
Rodeada de
superficialidades, com uma alma exarcebada, perdida e ao mesmo tempo plena, insisti
em coisas simplórias...
Sereno observar e
enfático o vivenciar do por do sol, ao canto dos passarinhos, ao desfalecer do
horizonte... Fui sozinha.
E na madrugada
tudo se consome...
Como agonias
gritantes, frias, suas reminiscências sombrias pairavam em meu leito mórbido no
qual eu não dormia.
Mas nada se concretizava.
Apenas, o grito
amargo do silêncio que se faz companhia na insensatez do poeta que chora...
Verti lágrimas
por não sentir mais a existência divina em sua credulidade à minha pessoa;
Verti lágrimas
por não encontrar o vértice da imensa transbordância de limitações entre o EU e
você...
Idiotificada
segui.
Sempre
acompanhando sua ascendência intelectual...
Sorria, ficava
feliz!
Mas, as
transcendências e as lembranças eram tão presentes que sentia teu cheiro por
todos os cômodos da casa...
Pegava um
periódico, sentia o cheiro do papel e podia sentir tuas palavras, ouvia a sua
voz... Sentia como se estivesse vendo-o, ouvindo-o a cada linha lida... Era
mágico...
Era mágico o
desejo de senti-lo mais uma vez comigo, uma única e finda vez!
Porque sabia que
não mais seria possível recomeçar o que um dia foi começado e eu deixei
escapar... Deixei ir... Por infinidades de itens...
Por medos,
incertezas, convencionalidades...
Não sei! E você
se foi...Talvez, para sempre por que já faz parte de outra realidade, de outra
pessoa.
Lamentos insanos
quando ouço nossa música, pelo menos para mim... Mas sei que também lembra, é o
que me mantém viva por nossa história não se acabar assim...
E mesmo senis,
nós dois...
Quando tocar
aquela “música”, lembraremos um do outro...
Lembraremos de
tudo que foi e o que poderia ter sido.
Pois o
sentimento não pede palavras, nem ações...
Essas coisas se
perdem com o tempo...
E o que fica? O
que fica é isso: Eu gostar de você e você lembrar-se de mim...
Pela eternidade,
eu fiz parte de sua história... Isso já me basta!
Vi um pouco de mim nesse poema. rsrsrs, acho q todo ser humano passou, passa ou passará por momentos como esses que vc descreveu, Dani. Abraço.
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