Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

quinta-feira, 1 de março de 2018

POE(MAR)




O meu silêncio, não irei versá-lo.
Não é porque o quarto é grande ou/e a cama é fria...
Existe algo mais profundo que cala meu ser.
Existe névoa que apaga o meu olhar...
Mas de que vale os olhares, se não tenho sua imagem perto de mim?
Fecho os olhos e meus pensamentos me transportam ao teu sorriso.
Aquele mesmo riso que se fez pranto,
Aquelas mesmas palavras que sussurraram um canto.
O entardecer de um dia de labuta,
O não se importar com nenhuma conduta.
Apenas ser....  Viver... Naquele instante!
O contar das horas para revê-lo
O saber de tudo, o cuidar e o zelo.
Uma paixão ardente, rara.
Cara como diamante.
Tudo tão sutil,
Tão meu,
Tão seu,
“Sei lá...”
Algo perdido, meu mundo sem sentido,
O dito e o não dito... Os (des)atos e omissões...
As escritas falham, talvez porque a caneta deram espaço as mãos,
E no meu poema sinalizado, desenho sua face no ar.
Seu corpo, teu cheiro, agora somente um distante pensar.
Quero falar - te por dentro, bem fundo nos pensamentos
E lamentar, por não ter chegado antes.
Outrora, os destroços de minh’alma dariam espaço as poesias
Mas, o meu mundo é só ilusão.
É como a fome e a sede.
Uma guerra de sentidos, onde o meu universo se resume ao seu.
E assim funde-se para o infinito...

                         por Dany Rocha    Em : 01/03/18