Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

quinta-feira, 12 de maio de 2016

ESPERA NOTURNA



E novamente ela está ali...
Triste, confusa, quieta...
Novamente ele se exclui,
Novamente ela espera...
Para, reflete, vida austera!
Há turbilhões desassossegados,
Há confusas emoções,
Há espasmos,
Há solidão.

E novamente ela está acolá...
Triste, confusa, quieta...
Não mais ali.
Apenas lá... 
Esperando quem se exclui
Refletindo o que não há.
Há desejos,
Há paixão,
Há receios e medos...
Há desilusão.

E novamente ela está aqui...
Não mais ali, nem acolá.
Continua triste, confusa, quieta.
Novamente ele se exclui,
Novamente ela espera...
Para, reflete, quimera ilusão!
Há sentimentos desolados,
Há palavras não ditas,
Há pensamentos apreensivos,
Há esperança viva, nesse insano coração...



POR DANY ROCHA  em 12/05/16.

sábado, 7 de maio de 2016

CONTOS DA MADRUGADA: DEVANEIOS DE AMOR


Já passava das quatro da manhã, ela se encontrava só.
Envolta por reminiscências e pensamentos tão sublimes.
Ela fita a lua. Imagem utópica dos amantes...
Existe uma inquietação, ela não sabe descrever.
Algo onde transcende a dor física...
Um aperto no peito que infla. Quase um pneumotórax. 
A  transfiguração de um homem, amado homem...
Não seria a olhos nus, viria de dentro. dentro do próprio ser...
Tua presença esvai-se como areia desértica por entre os dedos,
Ao tempo que se instala não só no cérebro, mas no coração...
Impregnado assim, o órgão vital do amor.
Ela se afasta da janela. Não quer aquela lua solitária.
Quer a envolta em delírios, ilusória e contente.
É uma sensação kármica. Ela não sabe explicar. Tudo nela é emoção.
A simples lembrança de teus olhos a faz tremer...
O gosto do beijo ainda pousa sobre os lábios...
O toque da pele macia. O cheiro do corpo másculo...
É como um dependente químico, que necessita da droga para “so-breviver”,
Viver somente, breve viver...  Sorvendo cada milímetro da substância... Teu fluxo de vida!
Outrossim, como se o corpo extasiado escorrendo o suor do amor se fundisse em um só...
Soberbo instante!
“- Oh lua, que testemunhas os sonhos e ilusões... foge d’alma, busca soluções...”
Era o seu cântico mais sereno e profundo. Naquela noite, ela não dormiu.
Seus olhos cerrados acentuavam mais e mais a tua imagem.
Os teus carinhos antes tênues, agora eram brisas...
O mesmo vento que some no infinito e sopra o teu nome ao pé do ouvido,..
Deixando saudosas cicatrizes de solidão.
Era o preço do jogo. Estava entregue...
Sonho ou devaneio? Ainda não se sabe...  Para ela foi tudo real. 

                                   POR DANY ROCHA  07/05/2016.