Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

quarta-feira, 4 de junho de 2014

RENUNCIAS

              Para não dizer que não falei de RENUNCIAS...



O que seriam das adversidades da vida, mesmo sendo corretas, se não fossem as renuncias?
Renunciamos o tempo todo quando deixamos passar as oportunidades em prol de algo ou alguém... Também, renunciamos quando queremos muito alguma coisa que não o pode ser e/ou quando simplesmente não sabemos como proceder diante de certas situações advindas com esse louco processo que é a nossa existência...
Renunciamos quando amamos e quando não amamos também...
Renunciamos a um bom emprego fora da cidade em favor da família que fica, renunciamos o sono em vigília ao filho doente, a diversões para estudar, a um simples pedaço de pizza porque engorda... E as renuncias vão para além do que se vê.
Renunciamos quando podemos... 
E quando não podemos...
Muitas vezes, não renunciamos por covardia, por medo e por comodismo as situações instauradas em nosso dia a dia. 
Somos seres humanos falhos. Cheios de defeitos. Alguns sem conserto.
As renuncias não são fáceis de fazê-las. Muitas delas causam profundas dores, dilaceram o coração de tal forma que ao invés de cicatrizes, criam-se verdadeiros invólucros de concretos ao redor dele.
Não sei como renunciar a tantas coisas. A vida já se encarregou disso por mim. Apenas vivo na inércia de tantas esperanças frustradas. E nesse sentido, vou vivendo a margem... A maré da vida me leva. E são tantos os insanos desejos, são tantos os dissabores, são tantas reminiscências que chegam a sucumbir o mais alto grau da insensatez de uma mulher.
No meu mundo secreto, vivo como as novelas mexicanas. O plano central e dramático se desfecha sempre em mim, sendo dessa forma, a mocinha e a vilã.
Não sei, se sou forte o suficiente para lançar mão de tamanha destreza. As renúncias são atitudes que não podem ter volta, principalmente, quando é para o bem de uma situação. Devem ser bem pensadas, elaboradas como um processo, que ao final existe um réu a espera de seu veredicto.
Em contrapartida, ao final deste texto, sei que vou refletir mais ainda, pois, a palavra de ordem destes últimos dias foi a renuncia, não no sentido de desistir, mas, de recusar, de negar o ruim, de não continuar a autodestruição. E para a decisão, conto apenas com as entrelinhas do fado melancólico que estou a ouvir e com a ajuda de “Anjos” que estão aqui na Terra, que de uma forma ou outra procuram amenizar tamanha amargura do meu coração...

                                                                              POR Dany Rocha 04/06/2014