Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

DESEJO LUNAR







Às vezes, a solidão apavora.
Não falo de solidão física, mas aquela que maltrata a alma.
A dor de estar rodeada de pessoas, no entanto faltar um pedaço de si, uma completude... E a noite quando deito e não consigo dormir, posso observar pequenos raios brilhantes que descem, através da janela, sobre o assoalho do meu quarto. São as estrelas iluminando as lágrimas que insistem em sufocar meu sorriso. Névoas de pensamentos vêm e se esvaem em flashs, como se um filme projetasse toda uma existência de erros e acertos cometidos no passado...  Justo neste momento, percebo um brilho mais entoante, ofuscando todos os cintilantes raios refletidos sobre o lençol. Sento sozinha na cama, podendo vê-la distante... Inerte, exuberante bela... Narcisista!
Um rouco massacrado sai da garganta, na esperança que se ouça e ajude a encontrar algo ou alguém que não sei, do outro lado cósmico a que ela se encontra. Começamos a conversar...
Como um devaneio, ela insinua que ao fitá-la pode-se estar magnetizando  desejos, anseios, sonhos e até realizá-los. E mesmo que seja “clichê”, ela me confessa que nesse exato momento, longe dali, milhares de outros corações destruídos a admiram desesperados em busca de outro alguém que supra suas dores, suas decepções e aflições.
Percebo então, que existe uma mágica em tudo aquilo, uma conexão que não se sabe explicar. Quem sabe se outrora, ou justo hoje, os mesmos olhos que pararam de admirar uma flor na terra, não a admirem tão formosa no céu. Faço uma oração e desfaleço. Dessa vez, munida de esperanças de tudo terminar bem. Obrigada amiga lua, muito obrigada.

                                           Por DANY ROCHA  06/02/14