Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

PERMITAM-ME UMA CONVERSA DE ADULTOS:






Se o ser humano soubesse o quão massificante é viver... 
O quão massificante é ter que matar um Leão a cada dia para sobreviver e sempre conquistar o sorriso que me guia a cada amanhecer. Para poder dizer que eu consegui superar outro dia de obstáculo... (mais um dia...)!
Queria ser um pouco de mim, e não ter que fingir que "todos" os dia eu sou forte e firme, porque preciso manter o universo inatingível de mulher maravilha.

Forte, firme,resolvida e sagaz... Sexy todos os dias quando se denuncia um romantismo fora do comum, acreditem , como o meu!...
Alegre, presente, sempre com uma piada ou brincadeira para alegrar o dia "do outro"...
Sempre com uma solução... 
Sempre com a palavra amiga pra te tirar do escuro...
Sempre Eu... SEMPRE...
Mesmo morrendo em prantos abafados, tive que sorrir ou ser dilacerada por uma flecha no meu coração , julgada sem ser conhecida...
Mesmo em gritos silenciosos eu sobrevivi...
E sobrevivo! Irei Sobreviver! Sempre... 
Não que no canto do quarto eu não chore...
Porque as lágrimas que vertem dos meus olhos agora, tem um significado maior com a dor do outro...
Sou a que sempre rir e que nunca leva nada a sério...
Que brinca com o sorriso da criança , esquecendo que um dia fui ela, ou brinca com a inquietude de um animal que vive inconstante assim...
Creio que meus amigos e família acreditam mesmo que sou a EXISTÊNCIA> POTENCIALIDADE> A FORTALEZA!
Mas sou apenas uma menina... Infeliz menina...
Minhas lágrimas vertem inanimadas...

Sempre sou a descolada! Assim, por não poder expressar , entre a pólvora e o isqueiro o que sou... 
Mas se um dia fui uma explosão, me perdoem... 
Sou o que vocês procuram ver...
E o ser humano é tão desprezível para ver a alma de uma mulher... 
Talvez uma grande e única mulher, que procura criar uma personagem, um escudo, um Gênio, seja do bem ou do mal ou um tabernáculo de proteção... Para não mostrar que um dia, essa mulher cai, chora, é sensível, quer carinho, colo... Quer proteção.
E que até os rochedos sólidos como Eu, sofrem a erosão do tempo e precisam que sejam cuidados, LAPIDADOS PELO AMOR...
Nesse instante, calo o eco proferido em falácias..
Rendo-me...
Sou apenas Eu, mulher, menina... Não me julgues, apenas cuide de mim...


                                                                              Por DANY ROCHA 13/09/2013

domingo, 15 de setembro de 2013

ORGULHO FERIDO


Lembro o que fui dantes
Amiga fiel, mulher, talvez até amante.
Lembro que fui flor...
Depois apenas dissabor.

Nas idas e vindas
Fui palavras carinhosas,
Fui por certo,
Muito querida.

E agora não me vês
Sou esquecida,
Talvez uma mulher entristecida...

Nessa ânsia de ser sozinha
Prezo-te... Sou orgulho ferido,
Porém... Tua poesia...



        By  DANY ROCHA 27/01/09.

QUERIA QUE VOCÊ SOUBESSE: Um desabafo poético no meio do nada.





Encontrava-me angustiada e sem perceber rabiscando o papel, começava a dar corpo ao que seria uma nova poesia...

“Dita-me em lamúrias, teu Eu inconstante.
Subscreve em versos a resposta que preciso
Quão esplendida admiração!
Num trágico momento, perdeu-se então”.

Chega! Recuso-me continuar escrever.
Talvez devesse parar de vez.
Parar de brincar de escritora...
Ultimamente venho sendo emotiva demais e quando menos espero estão expostos trechos fragmentados de minha vida. O que dantes causava-me um prazer incondicional, hoje se tornou apenas deletérios. Meus escritos fizeram-me um ser nostálgico e infinitamente triste. Se eu passava horas lendo, me deleitando aos pensamentos de Nietzsche e dos mestres menores, agora percebo que a cada frase interpretada leva-me a mais profunda melancolia. Parece que aos poucos me fechei numa redoma insólita, onde ao fundo só existe a melodia do Maluco Beleza misturada na inconstância de Baco.
Estou perdida dentro de mim mesma, nem sei ao certo o que sinto, mas estou deveras depressiva. Isso tem me torturado bastante. Vago a madrugada insone procurando entender meu interior. Não encontro respostas.
Shakespeare já dizia: “... Nossas dúvidas são traiçoeiras e nos fazem perder o que com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar”. Ele tem toda razão. Arriscar! Eis a questão. Sinto-me insegura. Tenho medo de correr riscos. Medo de machucar meu ego outra vez. Talvez um gesto, por mais simplório que seja ou um monossílabo insignificante para muitos, amenizasse as asperezas deste coração inconsequente...
Empenho-me em um silêncio torturante que defino inútil, já que por inúmeros momentos sobe-me pela garganta palavras que de súbito contenho por medo de uma reação constrangedora. Nem sei se estou sendo justa com tal afirmação, se for contraditória, perdoe-me. Vejo-me acovardada pelo extremismo das atitudes e isso me causa uma dor dilacerante em todo meu ser. E se é assim, prefiro calar-me, contemplando minuciosamente cada gesto, cada sorriso, cada ação, pelo canto dos olhos que não conseguem fita-lo de frente.
Envolvo-me novamente num denso e mórbido silêncio que cala não somente meus lábios, mas emudece toda minh'alma. Sei que não sou santa, você também não é nenhum anjo, cada um com seus defeitos e rindo vou levando a sério, calada... Dizem que os critérios existenciais contextualizam que o silêncio em muitas ocasiões é sabedoria, e que o tempo é o melhor antídoto para as enfermidades da alma. Então vou me enganando, cada um com sua vida, ficarei aqui, quieta, imóvel no meu canto. Asfixiando-me.
Minhas chagas não cicatrizaram como eu imaginava e nelas ainda sufoco o vazio, as incertezas de um ser melancólico e amargurado de saudade que o tempo não apagou de mim, criando uma protagonista oposta ao que um dia eu pude ser. Uma pessoa que o escudo de proteção rompeu e desmoronou toda a fortaleza que existia, num momento não muito distante.
A mulher forte e determinada cedeu espaço a carência e fragilidade, talvez até de uma pessoa desprezível, já que é perceptível o total afastamento e não há nada que se faça para modificar a natureza dos fatos. E mais uma vez eu estava vencida. Deprimida em versos tristes, muitas vezes recheados de paixão. Na imensidão noturna, percorrendo os sombrios cômodos da casa, entre um cigarro e uma taça de vinho, sempre alterando o sabor entre o branco e o tinto, minha vida passava como um flashback. Eram reminiscências... Épocas felizes, conversas banais que me abarrotavam de alegrias, assuntos sérios, outros nem tanto. Enfim... Sem perceber o pranto já cobria todo o meu semblante triste, fazendo-me parecer uma criança insana, perdida.
Infeliz madrugada em si. O abandono, não o de corpos, mais o de sentimentos, mesmo os mais ínfimos existentes para alguns.
Em 2004, fui presenteada por uma amiga com uma coletânea de frases filosóficas que me levou ao contato com essa atmosfera utópica de pensamentos, tornando-me adepta a esse tipo de leitura.
Parafraseando o sábio alemão: odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer à verdadeira companhia. Creio que por tanto gostar, os deuses resolveram presentear-me ao “pé da letra”. Ironia? Castigo? Talvez não. Nada é por acaso nessa passagem terrena. É um grande desafio detalhar em pormenores a essência de um individuo como faço comigo nesse instante, expondo minh’alma de maneira verdadeira, sem personagem, sem máscaras, sem rodeios. Sei que estou me mostrando frágil, porém não necessito de uma personalidade inverossímil, nem tão pouco ser uma réplica de mulher ideal. Primo pela verdadeira essência do ser. Assim, simplesmente... Sem ditar regras pré-estabelecidas por uma sociedade mesquinha a qual faço parte. Quero poder fazer, ser, dizer o que penso, vivendo sem medos e criando meus próprios métodos de sobrevivência, minhas próprias arbitrariedades. É se na vida tudo requer tempo, seguirei... Mas deixando óbvio o apreço que te dedico como uma reles mortal, em lealdade, carinho e admiração. Sempre!


                                                                                                By Dany Rocha  25/03/09

IDENTIDADE























Florbela ou Amélia?
Diria se soubesse.
Uma suicidou-se,
Outra morreu por amor.
Quem seria eu então?
Nas vertentes às sigo... Admiro!
Não vivo, mas também não morro
Mas minha vida é um estorvo
E fico a pensar...
Não posso imaginar
Que figurino usar
Para me basear
Naquela que não sou...
Sofrer por amor,
Viver a sonhar, 
Ter uma vida frenética...
Ao mesmo tempo inerte.
Transcender. Dar continuidade.
Ter personalidade.
Mesmo que perdida.
No ápice d’alma sofrida
Só o tempo dirá...
Florbela ou Amélia
Em uma delas vou
Me achar!  

    By Dany Rocha  10/02/09

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PRA SER SINCERA























Enevoada tarde que hoje finda...
Sentimentos de ilusões fraternas.
Resquícios de amizade eterna...
Dúvidas e lamúrias estranhas.

Que atitude, sensata tomar?
Se não há espaço pra contestar.
Não há nada.
Só um vago olhar...

Foste só um alguém, 
Que quase sem perceber, deste-me a vida!
Deste-me a esperança, perdida.
E logo, a tiraste com desdém...

Palavras são fortes aliadas.
Mudam toda uma existência.
Não julgueis pela insensatez...
Elas causam dependência.

Não! Fugir da eloquência?
Parecer fraca e inconstante...
Não... Usarei
de sapiência...
Pois fingir, não é minha essência...


                                By Dany Rocha  10/02/08.

PARA UMA PEQUENA AMIGA


Sempre me pedes para desabafar no papel.
É o que faço agora... Entre esferográficas, papeis avulsos...
Escrevendo em frente ao note book, desolada...
Tentando, insanamente... Desabafar...
Incrível, a primeira noite que passei sem ele, nem dei por conta,
Ignorei, achei que ele queria tirar o fardo que sou.
Mas, amiga, está sendo difícil...
Porque eu tinha todo o apoio moral dantes.
Achei que tinha uma existência... Traumas perdidos...
Agora só sou eu, sozinha...
E quão estupenda é essa solidão sem corresponder
Aos apelos de uma investida de ânimo...
Estou vencida... No fim da exaustão.
Sabes... Um grande amor, não é assim que se desfaz.
Viver de mentiras, fingir que não dói, dói muito!
Durante o dia os sorrisos que disfarçam,
As nossas divergências... Insólitas...
E agora assim, distante nem tenho forças pra viver.
Precisava de uma chance.
Estou a nocaute! Escrevo para sobressair o ócio.
Nessa casa tão vazia, tão grande... De solidão.
Para sobreviver o amanhã... Entende?
E o que no amanhã teremos?
Se nem temos forças para levantar?
Minha cama tornou-se minha segunda alma.
Nela convivo com a maior parte de minha existência,
Digo, dos dias que não correspondem ao que necessito.
Mas fico nela... Tudo subverteu ao amor.
Atônita... Pensativa e saudosa...
Com companheiros geniais e histórias inverossímeis, passo maior parte do tempo.
Luisa, Bilac, Shakespeare, Florbela, Victor Hugo, Camões, Nietzsche, Alencar, Lorde Byron…
São os flashes backs que tenho de alegrias vividas.
E ao som de Raul Seixas, Los Hermanos, Beathes, Zé Ramalho, Renato Russo,
Tenho um pouco de nostalgia satisfatórias ao ego machucado.
Meus raios de luz... Brilhando... Oscilando, amiga!
Entre o desejo e a paixão perdida.
Entre as bibliografias dos mestres...
Eu sei! Não pode ser dessa forma...
Os brilhos da paixão não mais me pertencem,
Se estiver bem ou ruim, não mais o interessa...
Sou como um poeta que morre... Reverenciado, mas esquecido...
Não quero ser um ícone pop como Michael Jackson,
Idolatrado depois da morte...
Quero o reconhecimento ainda presente.
Que vale a existência então?
São reminiscências que não mais olvides...
Se lembrares de mim é com desprezo.
Trocado de uma condição que não mais o tenho.
Desprezo de um amor unívoco, capaz e talvez nunca dantes encontrado...
Amiga... Nessa solidão, lembrei de falar-te.
Foi assim, a nossa história de amor. Tórrida, caliente, verdadeira...
Que consequentemente...
E triste... E como tantas outras vividas por anônimos...
Simplesmente... Acabou!                
                                                                                                By dany rocha 15/07/09.