Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

sábado, 23 de junho de 2012

TALVEZ UMA VÍRGULA E NÃO UM PONTO FINAL



Hoje, acordei inebriada...
Acordei meio saudosa dos tempos que outrora, tinha você junto a mim.
Não compreendo como algo assim se desfez, se corroeu com o tempo.
No momento que mais necessitei de ti, você sempre estava lá.
Eram como noites infinitas...
Eram como sonhos.
Perfeitos!
Nesse universo mudo, frente ao nada, éramos apenas nós e o mundo adormecido...
De tanto te falei de mim e tanto ouvi de você, que aos poucos nem mais existia eu.
Jamais ninguém irá entender o que foi aquilo...
E talvez lá no fundo, ainda seja.
Camuflado em reminiscências de uma dicotomia que só nós sabemos.
Posto de lado, ou talvez nem tanto...
Hoje eu vejo os poemas que você fez,
Talvez, naquele instante nem percebi o quão singelos de afeto
 E para quem se destinavam.
Que sofreguidão, que dor...
Perceber tardiamente e relutar,
Entender depois de anos,
Que as letras de músicas, ou o simples papel de bala eram para mim...
Ah... Vai, me diz com o olhar que não me esqueceu.
Que aquela velha história que vivemos,
Aos poucos se estende ao seu subconsciente.
Diz que o velho vinho se encontra guardado a minha espera...
Que as velhas fotos e CDs ainda plainam no obscuro do seu quarto.
Posso ouvir o vento passar e não acordar para ver teus passos...
...Lentos e fugazes,
Que muitos momentos, presenciei.
Renascido ou esquecido amor,
Não será capaz de perder-se...
E só nessa escuridão e no frio da madrugada,
Sinto teus pensamentos quase conectados aos meus...
Sinto tua ausência se desfazendo em entrelinhas,
De um velho jornal sob a mesa,
De um verso incerto,
De tristeza...
E sinto como se não mais o verei,
Da forma que ninguém mais já viu.
E nunca mais verá...
Porque sei que eu, e somente eu, pude um dia ver.
E na completude dos fatos,
Encerro este ato... Saudosa...

                                                                            BY Dany Rocha 23/06/2012