Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

sábado, 14 de julho de 2012

NOTURNA


    

É na madrugada que medito...
É na madrugada que sinto o amargo soluço.
É na madrugada que vem a embriaguez...
É na madrugada que foge a sensatez.
É na madrugada que tudo se expande...

Quando a noite vem,
Não falo, não penso...
As palavras outrora abundantes,
Escorre-me garganta adentro.
São engolidas, são presas...

Num ímpeto, cresce um imenso,
Desejo de liberdade...
De compartilhar momentos, emoções...
Mas nada... Somente nada...
Apenas vazio... Papéis... Solidão...

É na madrugada que reflito...
É na madrugada que sou essência,
É na madrugada que me atrevo,
É na madrugada que grito muda,
É na madrugada que escrevo...
                                                                                                                                                                 
Por que na madrugada insone
Recrio meu mundo... Meu universo...
Embora mudo, triste, sem nexo...
É na madrugada que tento ser eu.
E ao alvorecer, percebo que nada pude ser...
Nem mesmo um Ser... Somente um verso...
                                
 By Dany Rocha  04/09/2008



RELUTÂNCIA



O celular toca às 2h da manhã...
- Oiiiii.... Alô!
-Como você está?
– Bem... (coração disparado)
- Tah... Só liguei porque pensei que você tinha me ligado....
- Não... Não liguei...
-Tah... Então.... Liga-me depois....
-Tah...
-Xau, se cuida...
-Xau, tah....
E se eu, tivesse ficado, teria sido diferente?
Melhor interromper o processo em meio: quando se  conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais - por que ir em frente?
Não há sentido, melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira (ou em cima da cama), uma fotografia - qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê.
Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita.
Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, onde insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, no qual pode não ser do jeito que eu queria que fosse.
Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor.
Talvez loucura, medo, eu diria covardia, de ambos... De quem ama demasiadamente demais... Quem sabe...
Quando parei para pensar em tudo que tinha acontecido... Não pude esconder minha tristeza. É claro que fiquei triste por ter deixado as coisas tomarem esse rumo, mas também, fiquei muito triste por perceber que não existia do outro lado, uma resistência a toda essa situação.
Era fragilidade, em lutar por algo construído simplesmente... Tão natural...
Sabe, são tantas cobranças durante o dia... Responsabilidades e pressão que acabo descontando essa energia negativa, nas pessoas que estão mais próximas.
 Desculpe-me por tudo, tente ao menos compreender que não sou de ferro... Sou humana...
Queria aproveitar o tempo em que estivemos juntos, para me desligar deste mundo louco, quando estava com você, queria esquecer que tive um dia difícil e me entregar de corpo e alma ao nosso mundo...
Risos e cumplicidade, fidelidade nem sei se posso falar, mas, lealdade ao simples gesto, ao simples olhar... Entendíamos a química que nós unia...
Por muitas vezes cometemos erros, falhamos com a pessoa amada, agimos com egoísmo, e não pensamos em seus sentimentos.
Não damos ouvidos às suas explicações.
Não queremos saber das suas necessidades.
Não nos importamos com suas vontades, fazemos com que essa pessoa sofra e se entristeça com nossas atitudes.
Colaboramos para o fim do relacionamento... Que poderia ter sido diferente.
 Com apenas algumas atitudes de humildade da nossa parte. Poderíamos ter dado outro rumo à história...
Poderíamos ter sido mais felizes.
Poderíamos ter vivido melhor, o momento...
Hoje, vivo instantes inglórios de solidão, à espera de uma breve chamada, quase morremos de comoção, quando batem na entrada...
E... alguém entra de mansinho, como se, do nada se tratasse, e sai, ainda mais devagarinho como se já mais nada restasse!
 E com um nada no coração, fecha-se a porta com dor, tranca-se a dor na solidão, fazendo da solidão o amor.
E o que não passou de ilusão transcorreu como a fantasia, de fazer vibrar um coração, que aos poucos... Desfalecia!
Esta sou Eu e não tenho medo ou vergonha em falar...
Ao perceber que tu estás longe, que não tenho mais teus braços pra me envolver.
Teu carinho para me mimar, tuas mãos para me acariciar, tua paciência para me entender, teu sorriso para me alegrar, tua força para me motivar, tua garra para vencer, tua vontade para conquistar...
Percebo que tua ausência me faz mal, que tua presença me faz falta, meus ouvidos desejam a tua voz, minha mente almeja te ver, meus olhos te desejam e  meus braços te procuram e além de tudo, que meu coração aguarda pela tua volta.
 É por isso que hoje digo: Não posso ficar sem ti. Estou com tantas saudades...
Saudades de você...
De sua voz... De sua boca...
Do seu toque, seu afago.
De seu cheiro, seu abraço!
Estou com tantas saudades...
Saudades que dói...
Saudades que agonia meu coração...
Saudades que não tem fim... Estou com saudades de você. Saudades de seu amor
De seu carinho...
Saudades, que sei, é só minha!
Saudades de um amor. Que só eu senti. Só eu sonhei. Só eu amei...
Estou com saudades... Mesmo lembrando que foi tudo uma mentira...
Estou com saudades de você... Se o tempo voltasse... Seria tudo igual...
Mesmo sabendo que não era para sempre ou que fui amada por momentos...
Mesmo sabendo que foi uma doce mentira... Mas, que você pensava em mim ao dormir. E se martirizava com o que estava “rolando”...
De repente, você esvai-se e vai para um amor que nunca deixou de pensar, e me deixa de lado... Apostando de novo na sua felicidade...
Felicidade sua de maneira utópica, que me odeia de forma insana por me desejar e amar como jamais amou e nunca amará novamente.
E hoje sei... Apesar da saudade, não posso mais!
E luto todos os dias, vivendo nas reminiscências que outrora esqueço, desfaleço.
E como vício, demasiada loucura eu penso...
Se o tempo voltasse amor, eu viveria tudo de novo com você!

                                                                  By Dany Rocha


sexta-feira, 13 de julho de 2012

PORQUE AS FLORES CHORAM ?



Bem no horizonte, à relva doirada nasce uma flor.
E o botão em flor frondoso, orvalhado se esbalda com a brisa do luar nessas noites que quase tudo é escuridão. Os dias passam... O botão desabrocha e é colhido.
A flor não compreende muito bem, mas é retirada do seu ambiente natural.
Posta em um canto de uma edificação, a flor mantêm-se intacta, embelezando com sua formosura o recinto final de sua existência.
Todos observam magnificados à rara beleza da flor... Todos param para ver seu esplendor. A flor continua firme, forte, cumprindo sua missão que é ser objeto de decoração. A cada dia continuava mais bela.
Os dias passam... A flor continua insistindo até não mais aguentar. Vai murchando, perdendo sua formosura, o viço e aos olhos humanos não mais servia para dar vida ao lugar. A flor morre. Sua haste desprende-se para o lado, as folhas caem juntamente com suas pétalas, ficando um singelo miolema.
E a flor chora... Gotículas de orvalho se confundem com as lágrimas perfumadas e tristes...
... E assim finda-se um ciclo, e todos os ciclos ao término,corresponde ao início de uma nova história. Uma reprise de fatos que inutilmente se refaz...
E assim, como a flor aceitar seu destino.
E ciclos vão e vem, eclodem em utopias vãs deixando saudades.
Lembranças de momentos unívocos, de esperanças e sonhos...
Atitudes impensadas e gestos por fazer.
E falta nesse justo instante traiçoeiro, a coragem...
A discrepância de ações, desencontradas, perdidas.
Olhares atônitos, desejos ocultos e arrependimentos tardios em entender que um único e simples gesto poderia mudar toda uma situação. 
A névoa da mágoa ou as frases frias... Não sei!
Compreendo neste instante, que ao longo do convívio, pessoas são diferentes. Atitudes são diferentes.
Sonhos são diferentes. Sentimentos são diferentes...
Ama-se diferente! E é o ponto: A-M-A-R.
Amar diferente, amar tardiamente... Amar somente. Amar simplesmente!

                                                                                                     By Dany Rocha 13/07/2012

UM CD PARA FLOR BELA


Amo do jeito que sou, 
meio xucro, meio louco!
Estúpido é o amor, 

deleite dos deuses...
Até um guerreiro se rende aos teus caprichos, 
Perdem-se batalhas, oh mulher...
E vive-se em martírio... 
Volvendo aos teus braços, 

como fera domada...
Fica proibido,

 chorar em meus músculos,
Quando a pélvis cansada

 chora...

Fica proibido pensar desatinos,
De querer não querer esse doce e amargo céu.
Se és mulher proibida, és flor... És bela!
Selamos o segredo em beijos mudos,
Desse nosso mistério sem suspeita,
Pois o pouco pra nós é quase tudo.
Se ele não faz no teu campo colheita,
É melhor para mim que sou sortudo,
Porque quando tu choras me deleita.
É bem isso, mulher...
De corpo e alma, perfeita!
De segredos e dores tormenta...
Que tira meu sono,
Corrói-me com tua ausência.
E mesmo na distância,
Os meus sonhos alimentam...
És tu falsa FLOR BELA!



                                                   By Dany Rocha  13/07/2012

sábado, 23 de junho de 2012

TALVEZ UMA VÍRGULA E NÃO UM PONTO FINAL



Hoje, acordei inebriada...
Acordei meio saudosa dos tempos que outrora, tinha você junto a mim.
Não compreendo como algo assim se desfez, se corroeu com o tempo.
No momento que mais necessitei de ti, você sempre estava lá.
Eram como noites infinitas...
Eram como sonhos.
Perfeitos!
Nesse universo mudo, frente ao nada, éramos apenas nós e o mundo adormecido...
De tanto te falei de mim e tanto ouvi de você, que aos poucos nem mais existia eu.
Jamais ninguém irá entender o que foi aquilo...
E talvez lá no fundo, ainda seja.
Camuflado em reminiscências de uma dicotomia que só nós sabemos.
Posto de lado, ou talvez nem tanto...
Hoje eu vejo os poemas que você fez,
Talvez, naquele instante nem percebi o quão singelos de afeto
 E para quem se destinavam.
Que sofreguidão, que dor...
Perceber tardiamente e relutar,
Entender depois de anos,
Que as letras de músicas, ou o simples papel de bala eram para mim...
Ah... Vai, me diz com o olhar que não me esqueceu.
Que aquela velha história que vivemos,
Aos poucos se estende ao seu subconsciente.
Diz que o velho vinho se encontra guardado a minha espera...
Que as velhas fotos e CDs ainda plainam no obscuro do seu quarto.
Posso ouvir o vento passar e não acordar para ver teus passos...
...Lentos e fugazes,
Que muitos momentos, presenciei.
Renascido ou esquecido amor,
Não será capaz de perder-se...
E só nessa escuridão e no frio da madrugada,
Sinto teus pensamentos quase conectados aos meus...
Sinto tua ausência se desfazendo em entrelinhas,
De um velho jornal sob a mesa,
De um verso incerto,
De tristeza...
E sinto como se não mais o verei,
Da forma que ninguém mais já viu.
E nunca mais verá...
Porque sei que eu, e somente eu, pude um dia ver.
E na completude dos fatos,
Encerro este ato... Saudosa...

                                                                            BY Dany Rocha 23/06/2012


quinta-feira, 10 de maio de 2012

O VÔO DA DESPEDIDA




O vôo...
A alma voa...
Na maleficência humana....
A alma voa...
No mesmo instante que teu corpo físico chora...
No imenso vazio de solidão que tu sentes...
Agora, neste instante ao leres minhas escritas...
Talvez nem adiante mais... Reminiscências... Somente!
A alma voa...
A alma foi-se... Voou e não mais quer voltar...
E para que voltar aqui?
Ela busca novas experiências de sobrevivência...
Se nessa estratosfera penou, insistiu, sufocou, talvez n’outra nem seja assim...
E se a alma voa...
Sem perceber você não tem mais um corpo...
 Pois um corpo sem alma, não pode existir, apesar de muitos corpos viverem com um coração de pedra...
Outro até mesmo sem ele...
São materialistas... Pensam que tudo isso não passa... E não se leva nada!
A alma voou...
Ela cansou... Você não cuidou bem dela quando ela te habitava!
E de que adianta agora, choro e vela?
Tu a expulsaste a partir do momento que não honrou teus compromissos...
Zombastes... Trataste mal... Ignoraste... E agora?
Ela triste foi embora...
E você...
Sem perceber está morto...
Vivendo simplesmente em espelhar-se na imagem dos outros...
Dando ênfase ao sistema... As coisas supérfluas da vida. E para que te serves?
Vegetando...
A vida é uma passagem... Só isso!
Você nem imagina...
Vive sorrindo...
Esbanjando...
Apegando-se ao ouro e a prata...
Meras futilidades...
Ao ver das pessoas, tudo normal. A seu ver, idem...
Nem percebe...
Fico consternada.
Estas se enganando...
Mas acredite...
Ha tempos você morreu...
Talvez nem exista. E seja mais uma marionete da sociedade! 
No momento que tua alma cansou de viver do teu lado, de certa forma você deixou de existir...
Isso acontece todos os dias,
Quando você não da razão ao dia que vive,
Nem as pessoas que te rodeiam...
Você está sempre muito ocupado com o que as pessoas acham.
Deixam de viver... De acreditar em si... Marionetes... Pobre criatura....
Reflita...
A tua alma é a mesma pessoa que por muito estava ao seu lado...
Amando-te, protegendo- te, aceitando-te com todos teus defeitos.
Você deixou passar... Simplesmente... Sem questionar. E nem percebeu....
Agora não faz mais diferença.
A alma exprime...
Acreditando ser um anjo, a alma vela por todos. E se um dia sentires saudades, ela de certa forma estará com você.
Em versos, prosas, poesias, em cada folha de papel, talvez em lágrimas, não se sabe...
Nunca em uma despedida. Jamais! Mas num futuro encontro, um dia...
Que pena! Um dia talvez!
A alma... Esvaiu-se de mim e de ti, de nós para sempre...
Nessa vida somente!

                                               By Dany Rocha  11/05/09.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

CHUVA DA VIDA




Chove chuva que na aurora trai
Chove e desconversa os sentimentos...
Chove chuva e assim abstrai
Chove zelosa a solidão do momento

Chove chuva sem compaixão
Chove e derrama as lágrimas ao vento
Chove chuva e revela a paixão
Chove saudosa no ébrio tormento

Chove chuva e chove de mansinho
Chove atônita em vis reminiscências
Chove chuva a procura de um carinho
Chove e devora as minhas carências

Chove algoz, fere e desfibra
Pois dentro de mim se faz chover...
Chove em tormentas de um coração ferido
Num relampejo que me faz sofrer

E eis que na chuva se faz alegria
Chove a chuva que nos faz crescer
Cultivando as sementes de um novo dia
Mas em minh’alma é triste o viver...


DANY ROCHA em:15 02 1012


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

COMO SE CONQUISTA UM HOMEM...



                                                                         
Isso não é um discurso feminista, longe de mim, adoro o sexo oposto!
Não existe fórmula perfeita...
Existe sim, o carisma, o mistério e existe o poder de sedução que cada uma de nós mulheres, possuímos!
Existe a doçura dos versos... A grandeza do olhar... E existe ainda o caráter de uma mulher!
Conquistar um homem, ao invés que muitas pensam não é tarefa fácil...
Exige cumplicidade de emoções.
Exige respeito mútuo... E principalmente lealdade!
Não falo em simples fidelidade, pois é algo primordial em qualquer relacionamento. Mas... LEALDADE ao homem amado...
Não e só saber o tipo da melodia que o agrada, ou a comida que ele mais gosta...
Antes de tudo, se finda na sabedoria de entender o ser...
Entender não só as alegrias, ou os momentos que se faz “jus”...
Advêm de um olhar mais profundo...
De uma sabedoria mais complexa que é estudar, analisar o limite do ser humano.
De este ser, eleito ao amor de uma mulher...
Eleito ao desvendar suas mazelas espirituais e não apenas as carnais de vida!
Sexo, prazer carnal, está a todo o momento explícito em panfletos e a toda hora para quem quer que seja. Não se respeita mais a família, não se respeita mais o amor...
Ao conquistar um homem nos dias de hoje, deve-se pensar primeiramente em conquistar a si própria como mulher, não existe coisa mais constrangedora do que criar um paradigma, uma personagem que aos poucos se desfaz no decorrer da existência, somente para agradá-lo...
Existe algo mais além que isso...
Há o mistério...
Há a química entre corpos, a inércia de Newton, o olhar e o cósmico!
Um homem por si já se faz difícil ser conquistado. Meninos austeros... Assustados com as descobertas e com a vida.
Confusos com a sua maturidade ou puberdade que aflora. No agora de uma noite, muitas vezes entorpecida. São os homens... Somente homens!
Homens e meninos... Em uma dicotomia fabril. Criada com intuito próprio para se autoafirmar. Repito: são só homens!
E as conquistas para eles são como batalhas sangrentas onde o macho nasceu para vencê-las ou efetuá-las... Glorificação suprema... Poder!
Pobres seres, deficientes! Como o grande Nero Claudius!
A mulher, ser frágil por excelência, com sua docilidade tende a aceitação e daí vem o mero engano, o presente dos gregos pelo enaltecimento e fascínio que atrai o inexplorável... A rara beleza sábia que atrai o macho...
Guerras foram perdidas nesse sentido e como muitas belezas  e fracassos, a mulher com seu assombro angelical quase sempre compactuou pela vitória ou fracasso na história da humanidade!
Heras por natureza...
Afrodites na arte da sedução...
Mulheres fortes em dosagens mínimas. Venais...
O veneno fatal para destruir exércitos de clãs másculos e fortes...
Apenas nós... Mulheres...
Os homens marchando em frente, cavalheiros medievais em busca  de vitórias e conquistas...
No entanto, o que realmente ganham, não são as terras descobertas ou desbravadas, ou os elos a serem quebrados... Mas sim, ganham o amor. O maior presente celestial o coração de uma Vênus.
Ganham aquilo que almejam pela volta, e que sempre voltam aos braços delicados de uma mulher...
Ao seio plumático que o faz sonhar. Macios e volumosos ou outros nem tantos assim...
Aos corpos, esculturais pela juventude ou não tantos esculturais pelo tempo.
Mas ao amor... Que se faz “jus” a uma eterna morte...  A qual se morreu todos os dias, nessa  busca...
Em meu íntimo...
Dar-te-ei a liberdade dos seres másculos!
Pois os prendemos em nossas entranhas sem que percebam...
Assim vos falo!
Esse é o jogo!
Isso é o mistério...
Mulher nasceu para amar, como fêmea.
Amemos, então!
E como mulheres... Renunciemos... Sejamos Gueixas orientais...
E como fêmeas, façamos o jogo que há milênios se faz: o homem constrói, acredita em sua masculinidade. A mulher quando não se faz mulher destrói, o fazendo incapaz... Mas a mulher de verdade, ajuda a construir. Liberta-o.
E o faz acreditar em seu poder de macho, comandando a situação e aos poucos o transforma em cordeiros rastejantes, escravizados, com pensamento de estarem “livres”, mas, completamente apaixonados... Vencidos!
Esse é o jogo, essas são as verdadeiras deusas, as verdadeiras mulheres... É a velha estória para os homens: ME AME, MAS ME DEIXE LIVRE... (por entrelinhas, lógico!)
por que o que eles querem verdadeiramente, é uma mulher ao seu lado que tomem as rédias do coração.
E assim se faz o ciclo... Temos todos eles nas mãos para nosso bel prazer...
O jogo se finda. Mantemos o curso natural. Homens e mulheres em um só. Na grandeza da fêmea comandando implicitamente.
Somos simplesmente nós... Mulheres do século XXI!


                                                             Por DANY ROCHA 04/02/2012.