Tanto que busquei no passado,
As apreensões que tive para não te perder...
Sorvi momentos rebuscados,
E fingi ser tua, sem entender...
Nas facções dos dissabores vãs...
Nas incertezas de amar,
Queria ser mais que as cortesãs
Para poder me perder no teu mar!
Foste o amigo mais fiel,
O amante mais impetuoso,
Do sentimento mais cruel...
O relacionamento conflituoso.
Foste meu em momentos,
Outrora, desenganos...
Suprimi meus sentimentos
E neste anseio fiz muitos planos...
Foste reminiscências de infância,
Imaturo e falso juramento.
No desespero, foste inconstância,
Hoje, homem sem sentimento.
Busco roupagem e disfarço o experimento...
Há lavrado no meu peito aquele verso denso,
Guardado em relicário, apesar do desalento,
Buscando a esperança num coração propenso!
O amor que tinha, comovia o papel...
Desenvolvia o insano, era de forma cruel!
Era tão breve, que nem se advinha...
Escrevíamos poesia, admirando o céu!
E na ânsia tão louca, meu beijo em tua boca,
Era maculado...
Éramos dois ébrios, insanos... Enamorados...
Em um único poema inacabado!
By Dany Rocha
05.09.11.