Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

sábado, 27 de agosto de 2011

CARTA DE ADEUS PARA UM MAGO



Não preciso de mais nada...
Se você estivesse comigo estaria tudo bem!
Eu tentei, não pude.
Sinto-me fracassada em minha inconstância de dor e de desilusão.
Por você não participar de minhas austeras ilusões.
Sinto-me criança, abandonada... Ferida...
Criança birrenta em achar que só a sua presença suportaria o fracasso de meus ideais...
E me regozijaria com minhas decepções.
Necessito do calor do teu corpo másculo,
Do olhar fascinante de aprovação,
Do abraço de satisfação,
Das jornadas antifascistas...
Necessito da ponderação do capitalismo selvagem,
Das noites imaculadas de insanidades e insones.
Necessito moço, do teu calor...
Das nossas conversas ao transpor a noite.
Necessito de ver teus olhos lânguidos e
Emaranhados em lágrimas de amor e ternura.
Sinto e necessito que,
Pense em mim ao deitar.
Como não consigo tirar teus olhos dos meus,
Nem os meus dos teus, observo teu olhar...
Mesmo fechado para a vida!
Necessito de um enfático monossílabo, (OI) apenas...
Necessito daquelas velhas gargalhadas por atrocidades que eu falava...
Bobagens insanas que você adorava, ria, e repetia no dia subsequente sem perceber...
Repetia sem querer porque estavamos interligados ao "dito"...
Ao alísio, ao Dionisio, talvez...
Éramos um casal unívoco...
E a inveja dos outros ou a destreza do teu coração fez com que se esvaísse em lamúrias de glórias perdidas... Passadas...
Amor... Irreal... Vivido em contraponto... Acelerado... Avassalador... Verdadeiro sem querer... Confuso!
Quem um dia vivenciou a realidade e deixou passar por mera inconstância do ser,
Não detém a significação desse sentimento.
Real e ao mesmo tempo impreciso.
Horrendo e magnífico em dualidade... É só o amor...
Atrevo-me a repetir: É só o amor!
Palavra insignificante, agora, para nós...
Ou talvez para você ,que nunca amou em magnitude...
Amar... Amar... Amar... E não amar ninguém...
Trocaste o certo pelo duvidoso...
Trocaste o amor sincero...
Sem truques e maldades, eu amei você!
Preciso esquecer você para me amar de novo.
Encontrar-me, talvez...
Ser feliz... Novamente, com alguém que venha a me amar
E me enxergar como única novamente...
Recomeçar, já que percebo o fim dessa história.
O fim de uma existência juntos...
O fim de tantas coisas magníficas,
Trocadilhos, experiências, conversas, alegrias...
Mesmo a base de um "Country Wine", ou de apenas um,
Refluxo de experiências...
E que não tiveram chances de sobreviver ao tempo.
Nem aos problemas,
Nem as inconstâncias da vida...
Nem as incertezas e os duelos com a consciência...
 É tarde! Metemos os pés pelas mãos. Afastemo-nos...
Não somente o fim agora... Mas o recomeço...
Recomeçar antes que seja tarde  demais pra nos dois...
Terminar,  sangrando o peito...
Terminar, no sentido de continuar,
Um dia... Se possível...                                                             

   BY Dany Rocha 17/ 07/09.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

TEMPO PERDIDO



Quisera eu, ser o ponteiro do relógio do tempo...
Iria congelar todos os ínfimos momentos que passei junto a ti.
E quando esses se esgotassem...
Volveria como num retrocesso infinito para não,
Mas recordar os tristes episódios,
De existência ao teu lado...
O tempo não para...
Como um ponteiro que se movimenta
Incansadamente ao marcar as horas...
Horas de vida...
Horas de ilusão...
Vão e não voltam
Velhas e novas emoções
Nem amores...
Nem amigos...
Nem anseios...
Apenas se perdem num tempo.
Num tempo em que o ponteiro
Do relógio da esperança parou...

BY DANY ROCHA