Minha caneta é o cano de minha arma, porém minha escrita é meu único escudo”. DANY ROCHA

quinta-feira, 5 de maio de 2011

QUER SER POETA? ENTÃO ESCREVE!



Há tempos venho me questionando sobre a visão de um leigo literário, com relação ao escritor.
Escrever sentimentos – sim, poesia é sentir! - não é simplesmente um jogo de palavras frondosas que se pode transpor em um pedaço de papel. É mais que isso, talvez nem se possa descrever quão grandiosidade é dada a esse momento de introspecção tão magnífica na essência do poeta.
Escrever sentimentos é poetizar ínfimas subjetividades que aos olhos de um reles mortal não surtem efeito algum.
Realmente, talvez eu nem seja “lá essas coisas”... Mas escrevo com a alma, o que de súbito eleva-me, causando o despeito de muitos, mas em mim, uma grande diferença.
Quem na vida não escreveu uma carta de amor, exaltando o ser amado?
Quem nunca ‘treinou’ em falar certas coisas, rimando palavras soltas para apresentá-las a meros espectadores como poesia? Atire a primeira pedra então...
A poesia é acima de tudo uma arte, como a pintura ou quaisquer outros dons. Sua natureza é essencialmente solitária, subjetiva, falando ao coração saudoso e outrora enamorado, experiências onde só o poeta exterioriza os sentimentos ocultos do próprio ser, que se eternizam no preto e branco de uma página transcrita.
As palavras do poeta são tão aguçadas de sentimentos que suas escritas soam como melodia aos ouvidos do leitor, logicamente daqueles mais dotados de percepção intelecto, pois carregam em seu contexto mensagens veladas de desejos contidos, que por vias normais, não poderiam ser veiculadas. Já dizia Fernando Pessoa em sua autopsicografia:


“O poeta e um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Más só a que eles têm.
E assim nas calhas de rodas
Gira, a entreter a razão
Esse comboio de corda
Que se chama coração”.

Assim, um poeta deve ter a habilidade e percepção, pois não é uma atividade fácil que se possa agarrar e desenvolver, como a linguística, a morfologia, a matemática, a física, enfim, como ocorre em outras áreas do conhecimento humano. Antes de tudo, ela flui imperceptivelmente na alma do individuo, requer uma tendência artística e literária, talvez, digamos, “certo” dom, uma sensibilidade, destrezas que facilitam a exteriorização do sentimento.
Escrever, exaltar a beleza do pensamento em versos, prosa ou até mesmo em textos coloquiais, pode ser uma atividade totalmente natural para certas pessoas, enquanto que para outras, a vontade poética é maior do que a potencialidade literária, desprendendo-se em criticas mesquinhas, sem ao menos deterem um conhecimento plausível no uso de tão insignificantes considerações a respeito da eficiência de alguns amantes da escrita.
Para estas pessoas, alguns conselhos, (se é que se podem dar conselhos para um
dom tão pessoal quanto este), mas atentem! Quem sabe um dia, vocês sejam agraciados com a magnitude da escrita literária.
Não critiquem o que não tem a capacidade em conhecer. Não queiram se sobressair à inveja e o declínio moral de não poder produzir textos tão belos...
Leiam... Muito... Cartilhas de abecedário pode ser um começo e de suma importância;
Tenha aulas particulares com Nietszcher, Camões, Pessoa, Drummond, Florbela, mais quem sabe Luiza Amélia? Não custa tentar... Existem os “poetastros”, espelhem-se neles, tenha-os como ícones.(são muitos!)
E se de nada adiantar, então decore os Sonetos Shakespearianos, pois eles versam basicamente o intelecto “cansado” dos aspirantes da literatura.
Escrever com polivalencia de sentimento antes de tudo, tem que ter “capacidade”.
Quer ser poeta? Então escreve!
                                                                                                                                       By Dany Rocha

Nenhum comentário:

Postar um comentário